domingo, fevereiro 23, 2025

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Ação Educativa celebra Dia do Grafite e oferece programação virtual sobre o tema

O setor cultural busca alternativas para se reinventar durante a pandemia. Lives musicais, exposições virtuais e apresentações de dança e teatro seguem pipocando nas telas mundo afora, conferindo cultura e alento em meio ao distanciamento social. A Ação Educativa, associação civil sem fins lucrativos que atua nos campos da educação, cultura e juventude, na perspectiva dos direitos humanos, embarcou nessa onda e convida todos para o evento virtual Dia do Graffiti na Ação Educativa – arte urbana, pandemia e criminalização. Será em 27/03, a partir das 15h30.

Esta é a 16a vez que a data é celebrada pela Ação Educativa. Desde 2004 a programação expõe obras de artistas da cena paulista, presta homenagens e tem a fachada de sua sede, o famoso ‘predinho’, grafitada por vários artistas e coletivos. Por conta da pandemia, as atividades presenciais foram suspensas em 2020 e o novo formato poderá ser acompanhado pelas redes sociais da Associação (www.youtube.com/acaoeducativa e www.facebook.com/acaoeducativa) e no novo canal do Estéticas da Periferia no Twich: www.twitch.tv/esteticasdasperiferias.

No ano passado as restrições começaram exatamente em março e não conseguimos pensar em outras alternativas para realizar o evento. Esse ano voltamos com novidades”, conta Eleilson Leite, Coordenador da Área de Cultura da Ação Educativa. A primeira delas é o próprio canal de transmissão do evento. “Será a nossa estreia na plataforma com o canal Estéticas das Periferias no Twitch, que depois terá uma programação contínua com artistas e DJs das periferias da cidade”, completa.

No dia 27 o público também confere uma mesa de debates sobre o Graffiti, sua contribuição como arte urbana no contexto da pandemia e a insistente criminalização desta expressão do movimento Hip Hop. Participam do encontro os grafiteiros André Firmiano, Carolina Teixeira (ITZÁ) e Regina Elias da Costa (Soberana Ziza), que também comentarão a presença das mulheres na cena. A música fica por conta da DJ Sophia, que apresentará um set list especial com referências musicais do movimento hip hop.

A própria moradia como suporte artístico

Em paralelo à programação, grafiteiros de cinco coletivos de todas as regiões de São Paulo estão preparando obras para exibição virtual. Em virtude da pandemia, como os grupos não poderão realizar intervenções nas ruas, superfícies de objetos inusitados, tapumes, paredes e as portas das próprias residências se tornam suportes para extravasar cores, texturas, protestos e reflexões.

O processo de concepção das obras e depoimentos destes artistas estão sendo registrados em vídeos e serão disponibilizados como uma web série no canal do Youtube da Ação Educativa. O material também reunirá depoimentos de outros personagens importantes para arte urbana e cultural periférica de São Paulo. “A expectativa é que fique pronto em abril.”, avisa Eleilson.

O Graffiti, junto a outras expressões artísticas, integra o movimento Hip Hop (foto: Coletivo Tamojunto)

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