AIKA tem uma relação muito forte com a música desde muito cedo.
“Eu nem consigo ter um ponto de partida quando se trata desse assunto, mas eu sempre me entendi como artista desde pequena, comecei principalmente no ramo das artes plásticas e depois eu fui percebendo que a minha conexão com a música era algo que corria nas minhas veias já. Comecei a escrever desde muito pequena, mas eu fazia poemas, não necessariamente músicas. E a primeira vez que eu coloquei melodia numa música minha foi na época que eu ia na igreja. Depois disso eu soltei uma música de forma totalmente amadora e cheia de paixão no YouTube em 2020, mas sem planejamentos nenhum, nada. Só gravei de madrugada no celular que eu tinha com um violão meia boca e foi isso. A música sempre foi o escape para mim, tipo um irmão mais velho que está ali quando você precisa.”
AIKA é de Campinas e tem 21 anos. A jovem cresceu e passou toda a infância no bairro do Cidade Satélite Iris e lá ela teve muito contato com o Gospel. Isso influenciou muito a maneira como ela escreve hoje, a maneira como ela procura organizar os seus arranjos.
Hoje AIKA faz parte de um coletivo de reggae em Campinas, “A gente está cantando pela cidade, já faz alguns meses e tem sido muito bom, tem dado muito certo. Reggae é um estilo que lava a alma, a gente se identifica com o que faz e faz porque ama”.
Mesmo estando cantando reggae, o gênero predominante principalmente quando AIKA vai criar, que sai como se fosse automático é o R&B. Mas como ela mesmo diz, “tenho um pezinho no pop, nova mpb, um pouco de indie eu diria”. Mas ela avisa que está pretendendo e começando a fazer bastante bem mais de blues e soul e são gêneros que eu admiro demais. “O meu ponto de partida, meu primeiro contato com os palcos foi primeiro na igreja quando eu cantava e depois agora nos eventos de reggae que a gente está fazendo, nos eventos culturais que tem por aqui, abrindo show para artistas sensacionais como o Julian Marley, o Rapadura, a Banda Mato Seco. São oportunidades muito legais que estão acontecendo”.
“Então basicamente não diria que eu tenho um gênero predominante ainda, até porque estou me descobrindo artisticamente, mas é algo que eu estou trabalhando com certeza. E já encontro uma certa identidade”. “Amor de Quinta” seu primeiro single é assim, um mix de descobertas e entusiasmo. Ouça nas plataformas digitais.
AIKA é sobre ter coragem, é sobre você ser um corpo não branco, uma mulher no mundo que a gente vive hoje e não ter vergonha e nem medo de ser quem você é, de fazer o que você tem que fazer.
Mostrando consciência diante das questões existenciais AIKA não se ilude com glamour e fama, “Entender também que viver de arte seja qual for a área dela é correr risco é você viver no incerto mas se você fazer porque ama, então é diria que as principais palavras são paixão, coragem e autenticidade. Os pilares para você conseguir se manter firme nessa maré de informações e mudanças”.