sexta-feira, novembro 22, 2024

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Após apresentação no Super Bowl, grupo organiza protesto contra Beyoncé

Todos nós do Hip Hop fomos pegos de surpresa com “Formation, o novo clipe que Beyoncé lançou no Sábado (6). Ela não apenas lançou o single como interpretou-o ao vivo na apresentação de intervalo do Super Bowl 50, remixando seu novo som com o single “Uptown Funk” de Bruno MarsMarc Ronson, como ainda anunciou a “World Formation Tour”, sua nova turnê mundial, conforme contamos aqui no ZonaSuburbana ontem. Muita gente no Twitter já tem considerado que a cantora abandonou o pop de vez e se afiliou ao movimento Hip Hop e esse novo videoclipe veio para confirmar essas opiniões.

O clipe de Beyoncé foi bastante inspirado na cultura negra norte-americana. De acordo com o site Rolling Stone da gringa, há no clipe muitos referências à cultura negra de Nova Orleans especialmente nos séculos XIX e XX.

O mais polêmico, contudo, foram as diversas críticas que Beyoncé fez à Policia americana que tem matado muitos jovens negros, o que gerou uma série de protestos, discursos e movimentações inclusive no meio artístico contra a desigualdade racial que ainda persiste nos dias de hoje. No clipe a cantora aparece sentada em cima de um carro de polícia que lentamente, ao longo do clipe, vai afundando até estar completamente embaixo da água. Em outra cena aparece um menino com uns 6 anos dançando break na frente de um grupo de policiais fardados, também remetendo à violência policial contra menores de idade. Ao final do clipe, aparece uma grafite na parede escrito “Stop Shooting US” (algo como: “Estados Unidos, pare de atirar!”).

Na música, em um tom bem próximo do rap, Beyoncé faz várias falas valorizando a beleza negra e dizendo o quanto os negros podem chegar longe na vida, se liga:

“I like my baby hair, with baby hair and afros/I like my negro nose with Jackson Five nostrils”: Eu gosto do meu cabelo ondulado, meu cabelo ondulado com afros/ Eu gosto do meu nariz negro como os narizes dos Jackson Five

“I might just be a black Bill Gates in the making, cause I slay”: Eu posso ser uma Bill Gates negra, porque eu sou foda.

“Always stay gracious, best revenge is your paper”: Seja sempre graciosa(o) porque a melhor vingança é o lugar que você ocupa.

E, nessa pegada, Beyoncé entra no palco acompanhada de 30 dançarinas negras, todas vestindo um uniforme parecido com o dos Black Panthers Party (Partido dos Panteras Negras), um grupo político que entre os anos 1960 e 1980 lutou pela defesa dos direitos da população negra.

A galera do Hip Hop gringo ficou em êxtase com toda essa defesa da beleza e dos direitos da população negra levantada pela cantora entre Sábado e Domingo. Porém algumas pessoas, por outro lado, ficaram incomodadas alegando que Beyoncé está usando a música para finalidades políticas, que o clipe é um tapa na cara contra as autoridades policiais americanas, que o Black Panthers é um grupo de ódio e defendê-lo é oprimir as pessoas brancas, que a apresentação no Super Bowl 50 foi um ato de racismo inverso, conforme o site AllHipHop postou ontem. Assim, a galera marcou um protesto público contra a cantora no dia 16 de Fevereiro em Nova York na sede da NFL (National Football League), a Liga de Futebol Americana, já que a companhia autorizou a realização do show de Beyoncé.

E você, de que lado está dessa história?

Confira abaixo o clipe original da cantora:

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