Nesta quinta-feira, 30, a cantora e atriz Maria, ressurge na cena musical com o single “AUSÊNCIA”. A música marca não só o retorno da artista após três anos de pausa, mas também celebra a adição de um novo sobrenome, “BOMANI”.
A letra de “AUSÊNCIA” é um relato íntimo e corajoso. Durante os dois minutos e trinta segundos, Maria Bomani transforma as suas vivências em uma poesia melódica, sem pedir desculpas pelo desaparecimento, mas expondo o custo de seu silêncio, ainda sendo pago. O “teto de vidro” em sua vida artística recebeu pedras, enquanto sua advogada a aconselhava a permanecer quieta.
Numa era em que se posicionar pode ser um grande problema, a atriz e cantora, com mais de 3 milhões de seguidores nas redes sociais, ressalta em cada estrofe que a sobrevivência foi uma lição aprendida, onde seu diploma foi conquistado a partir da superação dos desafios e a ousadia de ser mulher.
A sobrevivência foi uma lição aprendida, e o diploma conquistado foi fruto de desafios superados. A narrativa da música toca em temas profundos, revelando que Maria Bomani não escolheu vivenciar suas batalhas e pede para não ser chamada de forte ou guerreira, assim como muitas mulheres são rotuladas.
Luxo, carro, plano de saúde – são anseios legítimos expressos na música, reivindicações daquilo que lhe foi tirado ao longo do tempo. Palco, estúdio, oportunidade – Maria Bomani busca retomar o controle de sua imagem, enfrentando as consequências de recusar propostas que comprometeriam a sua humanidade e até integridade física.
A melodia marcante de “AUSÊNCIA” contrasta com a crítica incisiva à indústria que muitas vezes lucra à custa da saúde dos artistas. A honestidade da artista, seu desejo de ser reconhecida por sua verdadeira essência, é um ato de resistência em um cenário onde créditos muitas vezes são negligenciados.
Em versos, a cantora carioca expõe que tentam desfazer da sua narrativa, chamando-a de maluca. Pontua também sobre todo o trabalho que fez na carreira musical e principalmente em algumas parcerias, que o trabalho ficava nas suas costas, mas ao mesmo tempo, não levava o crédito. A artista desafia estereótipos, destacando a dificuldade de manter a autenticidade no mundo da música. Os três anos de silêncio foram um período de introspecção, terapia, persistência e resistência.
Maria Bomani não queria militar, mas a dificuldade a impulsionou a trazer em forma de música, o que ficou guardado por muito tempo. Com anos de dedicação à sua profissão, ela destaca o tempo e esforço investidos, confrontando as barreiras de um sistema que nem sempre reconhece a verdade.
A nova era, agora com o sobrenome “Bomani” – sobrenome de referência ancestral, indicado para esta nova fase por seus guias espirituais, é uma afirmação de sua resiliência. A cada tentativa de apagá-la, ela volta mais forte. Este retorno à música e a incursão no cinema não são apenas eventos artísticos, são capítulos de uma jornada autêntica e corajosa que Maria Bomani está pronta para trilhar. Anteriormente conhecida apenas como Maria, a adição do sobrenome Bomani não é apenas uma mudança nominal, mas simboliza uma nova fase em sua carreira. Desde 2017, ela cativou o público com sua originalidade, mas algo tornava desafiadora a busca por sua arte. Agora, Bomani não é apenas uma adição de nome, mas uma expressão que reflete o que Maria foi e o que ela se tornará daqui em diante.
