domingo, novembro 24, 2024

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Ataque Beliz: Rap, soul e jazz, pois a contramão também é um caminho

“Seguimos na contramão há 15 anos. O que fez a gente tentar a fazer algo diferente do que é feito em Brasília foi o motivo do ‘bass rap’ estar muito ligado ao rap gangsta. Experimentamos várias coisas pra chegar ao que a gente faz hoje.”, afirma Higo Melo, integrante do grupo Ataque Beliz, que acabou de lançar o refinado disco Voe Como Uma Borboleta – Ferroe Como Uma Abelha, uma homenagem ao ícone negro do boxe Muhammad Ali.

Em meio ao som que domina 90% do rap do DF, com graves ao extremo, o Ataque Beliz seguiu o caminho do jazz e do soul. No começo, pensamos em samplear, fazer beats, influenciados pelo Wu tang Clan. Depois decidimos produzir nossas próprias paradas, estudamos e nos especializamos. Começamos de maneira experimental, pra gente era uma novidade esse modo de fazer música, mas a contramão também é caminho.”, conclui Melo.

atque-beliz-2Voe Como Uma Borboleta – Ferroe Como Uma Abelha é um CD cheio de personalidade, dosa leveza e mensagens fortes em cada faixa. “Nosso disco tem soul, funk, jazz, reggae. Coisas que a gente foi aprendendo, antes como um trio, hoje o Ataque Beliz tem oito membros. Não ficamos presos, a galera cobra muito, mas o hip hop nos ensinou o que é liberdade. O hip hop é libertador, veio como algo que nem era aceito socialmente e hoje é uma música quase hegemônica, como no caso dos EUA. Essa riqueza musical está nas 13 faixas do álbum.”, comenta Higo.

POLÍTICA
“Esse disco é muito militante, mesmo com pegadas mais soul, mais pop, não perdemos o conteúdo político nas letras. Estamos num momento político importante, a ideia que está no disco, que foi feito em 3 anos, é atual. Fazemos um estilo de rap que é menos aceito, mas isso não é um problema. Estamos num momento bom.”, diz o artista.

Ouça o disco “Voe Como Uma Borboleta – Ferroe Como Uma Abelha”:

Visite o site do grupo www.ataquebeliz.com.br

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