A banda carioca grãomestre segue revelando canções onde reflete sobre questões sociais e urbanas, agora em um single duplo. As faixas “Armadilha” e “Visões adulteradas” se unem às bem-recebidas “Jacinto” e “Saara”, antecipando o EP de estreia do sexteto que mescla influências do jazz, hip hop e indie em uma sonoridade moderna.
Na era da pós-verdade, “Armadilha” questiona o que é real, para além das telas. Já “Visões adulteradas” reflete sobre uma sociedade de aparências que vê tudo por lentes opacas.
“As reflexões passadas em ‘Armadilha’ foram as que eu matutava naquela época, meados de 2017. Suada é a mente que pensa demais. Acho que é sobre isso a letra. Armadilha. Mentes inflamadas. Umas delas virou presidente do Brasil. Outra tá aqui escrevendo esse texto, mas vivo pelo progresso. ‘Visões Adulteradas’ é sem dúvidas a letra mais forte e dura que temos. Forte de significado. Acredito na sua potência. Como acredito na potência das pessoas que cito na letra. Todas elas conheci nas ruas do meu bairro, vendendo algo ou pedindo. Dou a atenção que elas merecem. Acabei fazendo amigos. Precisamos mudar nossa cultura e diminuir o preconceito”, explica Max Torras Sandes, vocalista e trompetista da banda, responsável pela capa do single duplo.
Além de Max, gãomestre é formada por Chico Lira (teclado e sintetizadores), Ilan “Chapoca” Becker (baixo), Marcos Schaimberg (guitarra), Antonio Secchin (saxofone) e João Marcos Freitas (bateria). A música do grupo passa por referências que vão de Hiatus Kaiyote, Anderson .Paak, Jordan Rakei, BadBadNotGood e Thundercat com QuintoAndar, Marechal e Projeto Nave e Marcelo D2.