sexta-feira, novembro 22, 2024

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Billy Saga lança single “Corpo Intruso”, refletindo sobre processos de inclusão de pessoas com deficiência na sociedade

E do fundo do abismo os normais me olharam confusos / Eu que estava no topo logo eu, um corpo intruso” são alguns dos versos que transmitem a mensagem de “Corpo Intruso”, novo single do rapper Billy Saga, que já soma uma trajetória de duas décadas de dedicação ao rap e ao ativismo social. O músico cadeirante é considerado, atualmente, um dos mais autênticos e combativos rappers a abordar, nas entrelinhas de suas músicas com temas diversos, o direito das pessoas com deficiência.

Inspirada em um conceito de mesmo nome, criado em 2019 pela coreógrafa Estela Lapponi, “corpo intruso” é um termo que se auto explica, ou seja, tudo aquilo que é visto como diferente e causa a resistência da sociedade.

De alguém que viveu na pele o veneno de uma lesão medular, devido a um acidente de moto, o rap de Billy Saga, que além de rapper, é também o responsável pela área de diversidade e inclusão da Claro e presidente da ONG Movimento e SuperAção, é uma verdadeira bandeira hasteada à resistência, capaz de sensibilizar e provocar uma espécie de consciência coletiva acerca da fundamental reflexão sobre o dever de combate à exclusão social, historicamente ressaltada pelo racismo, preconceito e violência com aqueles colocados à margem da sociedade.

A música chega nas plataformas digitais acompanhada de um videoclipe que reflete cenas do rapper rimando na quadra de basquete e em uma mini rampa enquanto um paratleta joga basquete e um skatista com deficiência pratica o esporte. “Com minha música tenho a possibilidade de conquistar mais espaços, pois vou conseguir alcançar não só as pessoas com deficiência (24% da população brasileira) e simpatizantes do segmento, mas também todos os outros atores responsáveis pela construção da inclusão. Precisamos tirar o rótulo radical sobre pessoas com deficiência, de super herói, como nossos medalhistas paralímpicos, ou no outro extremo, de coitadinho, com todos os seus direitos negados. Somos pessoas e ponto.”, finaliza Billy Saga.

Corpo Intruso” é enfim uma ode moderna à resiliência, capaz de sensibilizar e provocar a reflexão sobre a riqueza das diferenças, a urgência da acessibilidade e os deveres (de cada um e de todos) em relação às práticas e políticas inclusivas, para todos.

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