Orlando Tive “Baby Lane” Anderson (13 de Agosto de 1974 — 29 de Maio de 1998) era um suposto afiliado dos South Side Compton Crips e era uma pessoa de interesse na sucinta investigação do assassinato do aclamado repper Tupac Shakur por Compton e do Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas. Especificamente, o detetive Tim Brennan, de Compton, arquivou uma declaração jurada que o nomeou como suspeito, embora fãs e outros especulassem sobre o envolvimento de Anderson desde o incidente. Ele [Orlando] nunca foi acusado pelo assassinato.
Ele morava com sua namorada, Rasheena Smith, em seu apartamento em Lakewood, ao sudeste de Compton. Ela era uma estagiária de enfermeira. Orlando deixou duas meninas, Krystal e Courtney. Mas também estava envolvido em outro relacionamento, com uma menina chamada Taiece Lanier. O tio de Orlando, Keffe D, morava na casa branca ao lado.
Quando o meio irmão de Orlando, Pooh, voltou a Compton em Maio, depois de se formar na faculdade, as coisas começaram a progredir. Ele e Orlando decidiram começar uma gravadora e, acreditando no poder da positividade, a chamou de Success Records.
A outra paixão de Orlando era o esporte. Então, no dia 7 de Setembro de 1996, ele viajou para Las Vegas com Rasheena em um carro emprestado para assistir a luta de Tyson, se hospedando no Excalibur Hotel do outro lado da rua do MGM Grand.
Depois que Tupac foi baleado, a polícia de Las Vegas foi fortemente criticada por não realizar entrevistas de acompanhamento com possíveis testemunhas que estavam nos carros atrás de Suge Knight. Alguns, é claro, se negaram completamente em falar com a polícia. Suge era uma única pessoa no carro com Tupac; a polícia de Las Vegas o descreveu como “pouco cooperativo”.
Em 29 de Maio de 1998, Orlando Anderson e o associado Michael Reed Dorrough participaram de um tiroteio com membros da gangue, Michael Stone e Jerry Stone, da Loja de discos da Cigs em Compton, Califórnia. Anderson e ambos os Stones morreram mais tarde no Martin Luther King Jr.-Harbor Hospital (anteriormente chamado King/Drew Medical Center) em Los Angeles, Califórnia. Dorroll foi acusado por seu envolvimento no tiroteio.
Em 12 de Setembro, a polícia de Compton recebeu um relatório de um contato de gangue que disse que os Bloods, afiliados a Death Row, acreditavam que o ataque de Tupac em Orlando tinha sido provocado por um incidente algumas semanas antes: três Piru Bloods tinham sido abordados por membros dos South Side Crips na Foot Locker — uma linha de sapatos esportivos — em Lakewood Mall. Um dos Pirus, Trevon “Tray” Lane, estava usando um colar de ouro que tinha um emblema da Death Row pendurado — um presente pessoal de Suge Knight. Um dos Crips o arrancou. Em South Central, é como pegar um troféu de guerra.
De acordo com o informante, Tray fazia parte do grupo da Death Row na noite de luta de Tyson e contou a Tupac nos segundos antes de Orlando Anderson ter sido atacado no MGM que Orlando era um dos Crips que havia confrontado com ele na Foot Locker. O informante então citou Orlando como o homem que mais tarde matou Tupac.
Em Compton, uma guerra sangrenta estourou entre os lados norte e sul. Durante os próximos dias, uma polícia contou 12 incidentes de tiro e três mortes. Um paranóia agarrou o bairro. Havia rumores de que os Bloods estavam oferecendo $10.000 dólares por cada South Side Crip morto.
Na noite de 2 de Outubro, 300 policiais fizeram uma limpa nas casas de membros de gangue conhecidos em Compton e bairros para o sul e para o leste. A invasão foi ostensivamente parte de uma repressão para tentar parar a guerra. Mas também deu à polícia de Compton a oportunidade de prender Orlando.
“Eu sei quem matou ’Pac. A polícia sabe quem matou ’Pac. Suge Knight sabe quem matou ’Pac. Ele morreu no lava-jato, o mundo ouviu os tiros.” — The Game
Orlando era livre, mas agora ele foi identificado publicamente pela evidência condenatória — mas, finalmente, inconclusiva — que havia sido vazada para a imprensa. Ele se tornou “o homem que atirou em Tupac”. Agora, quando ele saiu, ele percebeu que as pessoas estavam olhando para ele. Ele pensaria: “Eles sabem quem eu sou.”
Um dia, Orlando disse tristemente a seu advogado: “Você sabe, eu não acho que vou ter uma vida longa.”
Orlando “Baby Lane” Anderson foi espancado pela comitiva da Death Row algumas horas antes do tiroteio de Shakur. Ele foi morto em 29 de Maio de 1998.
Terrence “Bubble Up” Brown.
Keith/Duane “Keffe D” Davis, um membro da gangue Crips que confessou à polícia que Puff Daddy lhe ofereceu $1 milhão de dólares para matar Shakur e Knight em 2008. Ele ainda está vivo.
Deandre “Dre” Smith, que acredita ter morrido de obesidade.
“Zip”, o homem que forneceu a arma.
Em 29 de Maio de 1998, Utah Williams, a matriarca de 85 anos no coração da família de Orlando, morreu no hospital onde havia sido levada depois de uma queda. A mãe de Orlando, Charlotte, permaneceu no hospital, então Orlando, que a estava esperando na casa da família, decidiu sair e comprar um hambúrguer com um velho amigo, Michael Reed Dorrough.
Um pouco depois das 15h, dirigindo um Chevvy Blazer emprestado, ele parou no estacionamento da Cigs Record Store, no cruzamento da Alondra e Oleander. Este é um território Corner Poccet Crip, diretamente ao leste do território South Side. Embora ambos os grupos sejam Crips, eles são rivais.
De acordo com a polícia, Orlando avistou Michael Stone em um lava-jato ao longo do cruzamento e o confrontou sobre o dinheiro que Orlando acreditava que Michael lhe devia. Michael estava acompanhado por seu sobrinho, Jerry Stone. O temperamento deles esquentou e um tiroteio começou. Todos os quatro foram atingidos; Orlando e os Stones foram mortalmente feridos.
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