“Uma terapia avançada. Sou eu, remoendo meu lixo, limpando meu jardim interno e andando para frente”. Assim Black Alien define seu mais novo single, “Chuck Berry”, em parceria com Papatinho. A faixa, que chega no próximo dia 9 nos aplicativos de música através da Extrapunk Extrafunk com distribuição da Altafonte, ganhou clipe roteirizado pelo próprio Black, dirigido por Premier King e estrelado por Débora Barboza, Amiri, Funk Buia e Jota Ghetto. Black apresenta clipe e música ao vivo pela primeira vez na terça dia 8, durante show virtual no seu canal de YouTube.
“O tempo passa, meu corpo vai, mas minhas ideias ficam. As visões estão cada vez mais claras em relação ao que está dentro de mim e muito mais em relação ao que está fora”, revela Black. “Desta vez não é o cretino. É um outro Gustavo, pois sou vários dele”, antecipa.
E nos versos, esse Gustavo transpassa por caminhos e karmas, entre glórias e covardes, alertando sobre as injustiças sofridas pelo povo preto. Ele cita, além de Chuck Berry, Little Richard (negro e gay) e destrona Elvis Presley. Black também exalta as mulheres, aprendendo e dando um tapa sem luva no machismo. “Deus é Mãe, e Ela é justa meu bem. O tempo é rei, mas Ela que ajusta também”, diz o refrão.
“Não dá pra Deus não ser uma mulher, ainda mais neste momento. Deus é mãe mesmo e homem não vale porra nenhuma”, brada. “Sobre Elvis, eu até gosto dele, mas o protagonismo deve ser dado aos verdadeiros inventores do rock: os pretos”. Por isso, cenas do clipe trazem uma banda de rockstars formada por negros, profissionais da música que Black admira.
Esta é a primeira música lançada por Black Alien após o grande sucesso do álbum “Abaixo de Zero – Hello Hell”. E mais uma vez ele se une à Papatinho, desta vez também assinando a produção musical. “Ele é inteligente, tranquilo, humilde e dedicado. Trabalhar com Papato é prazeroso, agradável, lucrativo, produtivo e divertido”, resume.