No Provoca desta terça-feira (05/11), Marcelo Tas convida o rapper e vocalista do Planet Hemp BNegão para um papo sobre sua vida e carreira. Os dois conversam sobre as influências políticas e musicais do artista, a defesa da legalização da maconha, sua identificação com a prática do Yoga, e muito mais.
Perguntado sobre sua relação com o Punk, BNegão diz: “a parada faz parte de mim, tanto que volta e meia eu lanço alguma coisa. (…) foi a parada clássica de você vir da época da ditadura militar, que você não podia se expressar, você não via a expressão em lugar nenhum. A primeira vez que eu ouvi as coisas que eu achava sobre a vida no Brasil numa música foi com o Punk Rock. Porque a gente não podia falar”.
O rapper também fala no programa sobre a maconha, um dos principais pontos discutidos por ele e pelo Planet Hemp, grupo do qual faz parte há mais de 30 anos ao lado de Marcelo D2. Para ele, a proibição do uso da erva “joga contra tudo, na verdade. É uma coisa de falsos conservadores. E também eu vejo isso direto: o juiz que mandou prender o Planet, ele foi preso por associação ao tráfico de drogas. (…) A quantidade esmagadora de caras que mandam seus comandados votarem contra são caras que se beneficiam do tráfico de drogas. Isso é problema para o negócio deles”.
Em outro ponto da conversa, Tas pergunta para BNegão a respeito da sua admiração pela filosofia e a prática do Yoga. O cantor, então, conta uma história curiosa sobre como conheceu sua principal referência no assunto: o professor Hermógenes, conhecido por trazer o Yoga para o Brasil. De acordo com ele, seu grande amigo Marcelo Yuka – um dos membros fundadores d’O Rappa, para quem ele apresentou o Yoga, o convidou para acompanhar a exibição de um documentário sobre Hermógenes, com sua presença, para um grupo de presos numa delegacia comandada pelo delegado Orlando Zaccone, popularmente conhecido como o ‘delegado Hare Krishna’. “Eu conheci o Hermógenes assim, indo para a delegacia”.
