O Sesc Pompeia recebe, nos dias 22 e 23 de abril, o show Canções de Liberdade – Músicas e Poemas de Protesto, evento com intuito de reunir canções de diferentes épocas, contextos e países para reverenciar um repertório marcado por mensagens que contribuem para a reflexão de questões como o racismo e as desigualdades sociais.
Com direção musical de Eduardo Brechó, integrante da banda Aláfia, e idealizado por Luciana Oliveira, que lança neste primeiro semestre o álbum “Deusa do Rio Níger” (com abordagens sobre o amor e o cotidiano feminino), Canções de Liberdade traz um repertório que passa por gerações de artistas que fizeram história, como Bob Marley, Nina Simone, Jorge Ben, Ilê Aye, Beyoncé, entre outros.
“O repertório e o projeto em si foram construídos coletivamente, em meio a reuniões virtuais e presenciais para alinhar os anseios e expectativas”, destaca Luciana Oliveira, que completa: “os convidados – com trabalhos marcantes e expressivos relacionados às questões sociais – trouxeram pontos de vistas e sugestões de composições que estavam em harmonia com o espírito do Canções de Liberdade: músicas mais ativas, com propostas transformadoras e políticas, e que exaltassem a ancestralidade. A ideia é abarcar também, diversos gêneros, como samba, reggae, pop e soul music”.
Com todos juntos no palco, o time de peso canta em uma só voz canções como “Catatau”, de Jovelina Pérola Negra, “Ain’t Got No – I Got Life”, de Nina Simone, “Zé do Caroço”, de Leci Brandão, “What’s Going On”, de Marvin Gaye, “Comportamento Geral”, de Gonzaguinha, entre outras.
Além da apresentação musical, haverá também poemas. Brechó, que se reveza nos instrumentos (compondo banda base), declama duas letras: o patrimônio histórico norte-americano “The Revolution Will Not Be Televised” (1970), de Gill Scott Haron (músico referência no universo do hip hop, que combinou ritmo e poesia politizada), e “Voz Ativa”, dos Racionais MC’s, música que compõe o segundo álbum de estúdio, “Escolha o Seu Caminho” (1992), do grupo de rap brasileiro. Luciana complementa com o poema “O Cantor Miserável de Noite no Cais” (1975), do poeta guineense Pascoal D’Artagnan Aurigemma.
“A escolha dos poemas é quase um paralelo espontâneo entre as questões do cenário americano e brasileiro. São duas composições muito importantes para seus respectivos momentos, 70 e 90, que trazem e evocam mensagens efervescentes de orgulho, olhar crítico e ação”, reitera Eduardo.
Serviço:
Canções de Liberdade | Músicas e Poemas de Protesto – com Liniker, Jesuton, Luciana Oliveira, Maíra Freitas e Eduardo Brechó
Dia 22 de abril, sábado – 21h
Dia 23 de abril, domingo – 19h
