Homônimo, projeto é o primeiro do grupo formado por experientes nomes da música independente de São Paulo e conta com participações como Lurdez da Luz, Sombra e China.
Existem certas histórias que as cidades não contam, mas revelam. Trechos de vida esquecidos em ruas esburacadas, no caos do vai e vem, nos olhares perdidos amontoados no transporte público. Uma infinidade de segredos e sentimentos deixados todos os dias pelas milhares de pessoas que na correria do cotidiano abandonam um pouco de si, se espalhando por aí.
Inspirados nesses movimentos e no que eles representam, os músicos Galego (voz), Marcelo Sanches (guitarra), Davi Indio (baixo) e Bianca Predieri (bateria) formaram um novo grupo, ou Coletivo Rua, que lança seu disco de estreia, homônimo.
Produzido pela própria banda em São Paulo (SP), no Estúdio Elefante, com mix e master de Buguinha Dub, no estúdio Mundo Novo, em Olinda (PE), Coletivo Rua é um grito de alerta, um recado urgente, uma chamada pela união.
“Esse disco veio de modo muito espontâneo, tava tudo muito dentro da gente”, explica o vocalista Galego sobre o processo criativo da produção. “O álbum é um olhar para o Brasil de hoje em dia, de como a vida para uma boa maioria de brasileiros está ruim e esquisita. É sobre união, porque no fundo estamos todos na luta. A gente defende também a importância da arte, de como ela é uma janela para cultura e educação, uma ferramenta para a construção de um bem comum”, declara.
Na bagagem sonora, o Coletivo Rua trouxe para esse álbum influências variadas, ecléticas entre si e complementares no todo. Rock, rap, música popular brasileira, samba e jazz são alguns dos tons que compõem as melodias das dez faixas do álbum.