Nesta quarta-feira (28), a cantora Rebecca conquistou um novo marco em sua carreira nacional e internacional. Isso mesmo, a funkeira de apenas 23 anos estampa um dos principais telões da famosa Times Square, em Nova York, Estados Unidos. A ação faz parte da campanha Radar Global, promovida pelo Spotify, que apoia artistas em ascensão. Inclusive, o projeto já está presente em mais de 50 países e Rebecca foi a artista Radar Brasil contemplada em março deste ano. O destaque veio após o lançamento de “Catucada de Leve”, parceria com Mc Zaquin, lançada na última semana.
Hoje, Rebecca também ganhou destaque na lista de artistas em ascensão da revista Rolling Stone US. A reportagem elegeu cantores de diversos países que disputam a atenção do público global, a funkeira é a única brasileira do ranking.
O reconhecimento pode ser visto também como um presente para a carioca que está completando três anos de profissão em 2021. O tempo pode ser considerado ‘curto’, mas já faz dela um fenômeno no entretenimento brasileiro. Rebecca conquistou a atenção do público já em seu primeiro single, a música “Cai de Boca”, que contou com composição de Ludmilla. Com uma rápida repercussão rapidamente nos bailes do Rio de Janeiro e outras capitais, o lançamento obteve alcance de mais de 6 milhões de visualizações no Youtube e no Spotify sendo tocada 5,3 milhões de vezes. Logo, a artista emendou mais hits, como “Deslizo e Jogo”, “Ao Som do 150”, “Sento com Talento” e “Coça de Rebecca”.
“Estou extremamente realizada com o reconhecimento que meu trabalho alcançou. O funk teve o poder de mudar a minha vida, assim como a de muitos outros jovens. Hoje, ver o gênero quebrando barreiras e saber que faço parte desse movimento é algo inexplicável. Sou muito feliz pela forma que o público me acolheu em tão pouco tempo, assim como pessoas do meio. Construo cada projeto prezando e levantando a voz das mulheres, das pretas, da comunidade LGBTQIA+ e outras minorias, ver que alcançamos algo nessa proporção só me dá ainda mais gás para continuar. Só tenho a agradecer”, comemora Rebecca.
Nas plataformas digitais, a carioca é um sucesso, reunindo mais de 2.540.000 ouvintes mensais no Spotify, mais 650 milhões streams/views, e quase 1 milhão de inscritos no YouTube. Não à toa, em 2019, atingiu o #1 no Spotify Brasil e Top100 do Spotify Global com a música “Combachty”, feat gravado com Anitta, Luísa Sonza e Lexa, sendo a primeira mulher negra a alcançar o primeiro lugar entre as músicas mais ouvidas do Spotify Brasil em 2019, se fixando como uma das vozes mais importantes na luta feminista e antirracista.
No ano passado, Rebecca assinou com a gravadora Sony Music e de lá para cá vem construindo novos e grandiosos passos no universo da música – como o vivido hoje. Entre os sonhos realizados neste curto período de música está em especial a parceria com sua maior inspiração, a cantora Elza Soares, na música “A Coisa Tá Preta” – a letra exalta e celebra a ancestralidade, além de ressignificar adjetivos relacionados à negritude.
Entre os trabalhos recentes, a cantora retomou a parceria com Anitta e juntas lançaram o feat “Tô Preocupada (Calma Amiga)”. No estilo 150 bpm, a produção marcou números: mais de 11 milhões de views em dois meses de lançamento e debutou direto no Top 30 do Spotify Brasil. Em junho, lançou o segundo EP de sua carreira: “Outro Lado”. O trabalho, totalmente idealizado durante a pandemia, apresenta quatro faixas inéditas com clipes que se complementam formando um curta-metragem que traz como tema central uma reflexão em relação a violência contra mulher e a liberdade feminina. “Pussy Gang” – em parceria com as Hyperanhas, “Bala, Beijo e Bye Bye” e “Só Faço o Que Eu Quero” formam o projeto.
Nascida no Morro de São João, comunidade pertencente ao Engenho Novo, bairro do Rio de Janeiro, e mãe da pequena Morena de 7 anos, a artista tem uma postura muita ligada a luta antirracista e feminista, assim como o prazer e a liberdade da mulher estão sempre presentes em seus trabalhos. Considerada uma figura forte para as meninas negras, levanta questões de raça, gênero e sexualidade e vem construindo um funk em combate às letras que objetificam o corpo feminino.