sexta-feira, novembro 22, 2024

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Confira como foi o 2º dia do Festival Batuque

A sexta edição do Batuque, festival dedicado à música negra e suas vertentes, ocorre anualmente no Sesc Santo André, e sua programação é uma das mais esperadas do ano. Surgido da necessidade de ampliação das possibilidades musicais e contemplação da diversidade sonora, o festival é uma remodelação do projeto Indie Hip Hop, o qual foi sediado também no Sesc Santo André durante dez anos.

O evento que ocorre em dois dias no mês de dezembro, teve no line up deste ano, os nova-iorquinos do Digable Planet como atração principal, Black Alien e Criolo encerrando a noite, além de Hurtmold e Paulo SantosMetá Metá, Tássia Reis, Espião e Sala 70, Laylah e Jamés Ventura.

Confira como foi o segundo dia do festival:

Por volta das 18 horas subiu a palco Jamés Ventura, que durante 40 minutos de show fez a abertura do que estaria por vir. Dono do flow de “O Rap é Fato”, sua apresentação fez versões instrumentais acompanhado de banda e no microfone teve a colaboração de Jota B, do grupo de rap Avante o Coletivo. O show contou ainda com a participação especial de Ogi e Rodrigo Brandão, contemplando músicas de seu último álbum Jahbless Ventura.

Festival Batuque 2016 (Foto: Juliana Ferracini)
Festival Batuque 2016 (Foto: Juliana Ferracini)

Após alguns minutos entre um show e outro, Tássia Reis e seu empoderado rapjazz, subiu ao palco. Tássia, com total fluidez e domínio de sua performance, veio acompanhada de banda formada por maioria de mulheres e agitou o público. Com um show swingado e de arranjos finos, a cantora fez um set com músicas de seu último disco “Outra Esfera”. “Se Avexe Não”, “Perigo”, “Semana Vem”, fizeram parte do show, que teve a participação de Stefanie Mc na música “Da lama/ Afrontamento”. Pouco mais de 40 minutos de apresentação a cantora/mc finalizou pesado com “Ouça-me”.

Festival Batuque 2016 (Foto: Juliana Ferracini)
Festival Batuque 2016 (Foto: Juliana Ferracini)

Pouco antes das 20hs, foi a vez da banda Metá Metá. O grupo que goza de uma liberdade musical inerente ao jazz, mexeu com o público ao som de caóticas distorções vindas das guitarras de Kiko Dinucci, batucada, música brasileira, ritmos africanos e saudação aos Orixás na poderosa voz de Juçara Marçal. Músicas como “Angolana”, “Imagens do Amor” de seu último disco “MM3” fizeram parte do vigoroso show da banda, que finalizou balançando a plateia ao som de Oba Iná.

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Festival Batuque 2016 (Foto: Juliana Ferracini)

Com formação original, Digable Planet, trio de 1992 formado  no Brooklyn, NY por Butterfly (atual Shabazz Palaces que tocou recentemente no Sesc Pompéia)Ladybug Mecca e Doodlebug, iniciaram o show por volta das 20:40hrs com The May 4th Movement. Por mais que o trio não seja tão conhecido pela grande maioria, a mistura de rap com jazz trouxe uma familiaridade sonora pra quem é amante do gênero, e envolveu o público do início ao fim. O grupo tocou músicas de seus dois discos, Reachin (A New Refutation of Time and Space)” e Blowout Comb”, acompanhado por músicos que, entre sons como Pacifics”, “Cool Breezes”,Art of Easing”, puxaram instrumentais poderosos como no solo de bateria emBlack Ego” que agitou o público. O grupo finalizou com uma de suas músicas mais conhecida, Rebirth Of Slick (Cool Like Dat)”.

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Festival Batuque 2016 (Foto: Juliana Ferracini)

Encerrando a edição do Batuque, o rapper Criolo acompanhado por Dan Dan e Dj Marco, fizeram um show arrebatador, a começar por “Duas de Cinco”. Depois de “Lion Man”, Criolo vestido com uma camiseta do grupo de militância política “Levante Popular da Juventude” fez um discurso político com mensagens de amor, entoado por um “Fora Temer” do público. Na sequência de “Grajauex”, Dj Marco emendou um clássico do reggae nacional, o trecho de “Aonde vai Chegar” do Ponto de Equilibrio, cantado em coro. Dan Dan também mandou um ovacionado discurso pelo fim da cultura do estupro e contra misoginia. Seguindo para o final, tocaram Samba Sambei”, “Pé de Breque”, “Sucrilhos”, “Convoque seu Buda, e esfriaram um pouco os ânimos com a ode de Criolo à cidade de São Paulo, “Não existe amor em SP”, momento alto do show.

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