sexta-feira, novembro 22, 2024

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Confira como foi o show de lançamento do disco “Outra Esfera” de Tássia Reis

Auditório Ibirapuera, sábado chuvoso, pouco mais de 21hs, Tássia Reis nos convida à uma “Outra Esfera”, órbita onde reina absoluta. Dona do palco, generosa com os seus e segura de si, Tássia possui uma alegria e carisma que nos envolve do início ao fim. A cortina se abre, sua banda impecável, todos de branco começam o show com a música “Não é 4902Proibido”. Sob aplausos e elogios da plateia, mandaram na sequencia “Good Trip” do primeiro disco da cantora.

“No Seu Radinho” um de seus hits, som romântico com uma letra cheia de analogias à termos do rap, levou o público a entoar um belo coral ao final da música. Seguiu com “Se Avexe Não” música de seu último videoclipe (assista AQUI), reproduzido num telão ao fundo neste momento do show.

IMG_8734Tássia chama ao palco sua atração surpresa, que é a compositora Mahmundi. A cantora não economizou elogios à guitarrista carioca, e juntas tocaram sua poética ode à liberdade “Desapegada” e na sequência “Leve” que segundo Tássia é uma das músicas que ela mais gosta, fechando a apresentação de Mahmundi. 

O show contou com participações especiais e uma delas foi a de Eduardo Brechó, da banda Aláfia, que adentrou o palco com ginga e um vocal marcante no meio da música “Perigo”. Tássia e Brechó fizeram um duo gostoso de ver, mostrando uma sintonia e admiração mútua notável. Cantaram também “São Paulo Não é Sopa” música do último trabalho do Aláfia, o qual Tássia também faz participação no disco.

Seu set contou ainda com um tributo. Tássia pediu permissão olhando para o alto e mandou uma dançante versão de “Blacklash Blue” de Nina Simone. Seguindo com a música que a lançou à notoriedade, a faixa do seu primeiro EP “Rappnjazz”, teve um breve instrumental de “Crazy in Love” de Beyonce.

Ao final e nesta altura do show o público já estava em pé vibrando próximo ao palco, Tássia convida as MC’s  Karol de Souza, Alt Niss, Drik Barbosa, Tatiana Bispo e DJ Mayra suas parceiras no Rimas & Melodias para fazer a música cypher e a engajada Da Lama/Afrontamento.

O show finaliza com “Ouça-me”, Tássia sai do palco e o público pede mais. A cantora e sua banda voltam e encerram mandando aquele recado na pegada jamaicana de “Semana Vem”.

Tássia deu um show e mostrou na sua troca com o público, em sua maioria mulheres – muitas de cabelos blacks poderosos –  toda a simbologia do que diz chamar de lacre. No show também vemos o quanto essa manifestação tem importância, quando mulheres cantando todas as letras e a admirando veementemente, se veem ali no palco representadas por toda convicção de Tássia.

Por mais que a ideia e o comportamento em torno de conceitos como “lacre”, “tombamento” sejam questionados, principalmente sobre sua efetividade e significância política dentro do movimento negro, é inegável a força com que esses termos e atitudes influenciam de forma empoderadora outras mulheres, principalmente mulheres negras, negras de periferia e isso é político, além de já culturalmente estabelecido. Tássia lacra de fato.

Confira, abaixo algumas fotos do show:

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Foto por Juliana Ferracini
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Foto por Juliana Ferracini
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Foto por Juliana Ferracini
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Foto por Juliana Ferracini
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Foto por Juliana Ferracini
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Foto por Juliana Ferracini

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