“Poesias do Povo”, segundo disco solo do rapper pernambucano Zé Brown, é lançado em todas as plataformas digitais. Um dos pioneiros na mistura de rap com repente, coco e embolada, o músico pernambucano Zé Brown também é conhecido por ter ajudado a criar, em 1988, o grupo Faces do Subúrbio, primeira grande referência do rap nacional feito fora do eixo SP-Rio.
Embolador, rapper e compositor, nos últimos anos Zé Brown se dedicou à pesquisa de culturas regionais para compor as músicas do álbum “Poesias do Povo”, que está sendo lançado este mês em todas as plataformas digitais. Gravado no estúdio Medusa, de São Paulo, com direção musical de Janja Gomes (filho do percussionista João Parahyba), o disco apresenta uma síntese do diálogo que Zé Bown vem propondo entre o hip-hop e a cultura popular brasileira, a metrópole e o agreste, o interiorano e o urbano.
Além da pesquisa de ritmos regionais, “Poesias do Povo” se destaca por parcerias artísticas com nomes como Marcelo D2, João Parahyba, Caju e Castanha e Jorge Du Peixe. “Também estão comigo o baixista Gabriel Cantazaro, do Aláfia, o próprio Janja Gomes e o DJ Marcelinho, que são músicos fixos”, conta Zé Brown, acrescentando entre as participações especiais Mc Jack, Fernandinho Beat Box, Terno Quente, Simone Essi, Jéssica Menezes, Alessandra Leão, Rafaela Nepamuceno, Joul Matéria Rima e Maciel Melo. “Além disso, o DJ Hum produziu uma música. Tem ainda o DJ Beto. A patota é boa”, completa o artista.
Nascido em Recife, no bairro de Casa Amarela, Zé Brown cresceu na comunidade Alto José do Pinho, a maior da capital pernambucana. “Poesias do Povo” é o segundo disco da carreira solo do artista. Em 2011, Zé Brown registrou a primeira parte da sua pesquisa sobre cultura regional e rap no álbum “Rap Repente Rap”. Desde que deixou de ser o MC do Faces do Subúrbio, Zé Brown se dedicou ainda mais à música regional e foi beber da fonte de grandes mestres da embolada, como mestre Salustiano, mestre Galo Preto, mestre Zé Neguinho e Lia de Itamaracá. Sempre fiel à cultura hip-hop, o músico é um dos maiores conhecedores de coco, embolada e repente do país. “O contato com esses mestres me fortaleceu bastante e renovou a vontade de lutar pela cultura popular”, conclui o artista.