Melissa Jefferson é Lizzo, rapper da cena indie de Minneapolis, Minnesota (EUA), que mistura o groove do funk com pop e rap. A cantora já colocou nas ruas e na web dois álbuns e um EP: “Lizzobangers” (2013), “Big Grrrl Small World” (2015) e “Coconut Oil” (2016).
Sem tentar fugir debate sobre o machismo e a misoginia no rap, Lizzo celebra a união feminina, “Eu acho que há algo realmente especial quando as mulheres se reúnem. É por isso que eles tentam nos manter tão separadas e inseguras, pois quando nos juntamos, podemos fazer coisas incríveis. Coisas quase sobrenaturais”, afirma a artista em entrevista ao site Austin360.
Lizzo também faz críticas ao patriarcado que, segundo ela, é um dispositivo que tem sido usado para manter as mulheres em concorrência umas com os outras, desde o início dos tempos. “Quando as mulheres eram adoradas como deusas, alguém sempre teve um problema com isso e tentou nos impedir de sermos essas deusas. Especialmente nesta cultura, na cultura ocidental, acho que existem dispositivos reais no esforço de manter as mulheres separadas e intimidadas, e em concorrência entre si. Especialmente no hip hop. E, especialmente, na maioria das coisas dominadas pelos homens, como o (música) a indústria e empresas americanas, mas quando nos encontramos ficamos juntas, é incrível. Eles não podem nos quebrar”, diz a rapper.
A cantora também quebra padrões estéticos. Assumidamente negra e gorda, Lizzo traz em seu rap a positividade de quem enfrenta o preconceito com muita autoestima. Suas fãs agradecem. O mundo do rap fica mais diversificado.
Ouça o EP “Coconut Oil”:
