sexta-feira, novembro 22, 2024

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Consultora de moda goiana produz visual do rapper Hungria em novo clipe

Os dois estilos entenderam a força da imagem pessoal para alcançar o sucesso”. A frase da especialista em imagem de figura pública Maris Tavares, define o que os universos do sertanejo e do hip hop têm em comum quando o assunto é imagem pessoal.

Ela, que já tem mais de 15 anos de carreira vestindo personalidades e um know how no universo sertanejo incontestável, agora se une ao rapper Hungria na composição dos looks do seu mais recente clipe, que foi gravado com a Tribo da Periferia, em Goiânia e Aparecida de Goiânia, cidade vizinha da capital de Goiás. 

O material ainda está em fase de produção e traz uma pegada cheia de cor inspirada na pop art. Maris entra no projeto para materializar a letra da nova música, que fala de conquistas. “O hip hop tem sempre a questão do sair da periferia e ganhar o mundo, conquistar fama e dinheiro, sem perder a essência de suas origens. É tudo muito exuberante e exala luxo”, pontua. 

Ela menciona as roupas largas, muito utilizadas pelos rapper, mas que surgiu em função da escassez. “Os irmãos mais novos herdavam as roupas dos mais velhos porque não podiam comprar. Iam dançar e se apresentar com elas e isso virou uma marca, hoje queridinhas das grandes marcas de luxo”.

Hungria e Maris Tavares

O mesmo aconteceu com os sertanejos com a sofisticação do couro, que era usado como roupa de trabalho na lida do campo e hoje é um produto de alto valor na moda. No segmento esportivo, Maris cita o tênis, lançando por Jordan, e que hoje virou objeto de desejo de todas as tribos e representa alta grife. 

É exatamente aí que o rap e o sertanejo se encontram, de acordo Maris, na transformação do artista de rua e do artista caipira, que hoje ostentam visuais empoderados. “Esses artistas valorizam qualidade, usam marcas de grife, só que um veio de uma origem urbana e o outro da rural”. 

Contudo, ao compor um visual, o que realmente é preciso considerar é a mensagem que se deseja passar. “A imagem tem um poder muito forte. É a primeira impressão que temos de uma pessoa. No meu trabalho, eu procuro descobrir, junto com eles, a essência de cada um. Não é apenas sobre moda, mas sobre comunicação”, define. 

O primeiro encontro com Hungria aconteceu há alguns anos por intermédio de uma pastora. A vibe de compartilhar a mesma fé foi um prenúncio de boas experiências. “Acredito que esse foi o primeiro de muitos trabalhos que vamos realizar juntos”.

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