Reforçando a sua forte conexão com o bairro do Patriarca, que fica na Zona Leste de São Paulo, D-Rhuam escolheu o local para ser o plano de fundo do videoclipe de “Joga na Minha Cara”, single de trap funk lançado na última sexta-feira (17), sob o selo A Braba Records. O lançamento marca um novo momento do artista, que iniciou a carreira no funk sendo produzido pelo DJ Wilton, ex-DJ do MC Daleste, e agora se apresenta mais maduro artisticamente. Para registrar este novo momento, D-Rhuam escolheu a barbearia em que trabalha como locação para o videoclipe do single, já que compôs a música no local e as barbearias representam um espaço que tem relação com o funk e o jovem de quebrada. Além disso, D-Rhuam convidou seus amigos mais próximos para estarem ao seu lado.
O artista, que iniciou a sua carreira no funk agora com este novo single une o gênero ao trap, que tem sido cada vez mais presente na sua vida nos últimos anos, principalmente após ter entrado para o selo A Braba Records, e participado da cypher ‘A Tropa da Braba’, ao lado de nomes como Superboy 777, Puro Osso e Onã. O Trap Funk, como o nome já deixa subentendido, é a junção do Trap, subgênero do Rap, ao Funk, popularmente conhecido no Brasil. Com uma associação inegável por conta do freestyle, das batidas rítmicas e da palavra-falada e rimada, que ambos os gêneros abarcam, hoje em dia é comum ver artistas transitando entre o funk, o trap e o rap de maneira bem fluida, um movimento que teve origem nos anos 2000, com clássicos como o Rap da Felicidade e o Rap do Silva.
Confira a entrevista exclusiva do D-Rhuam para o ZonaSuburbana:
ZonaSuburbana: Como foi o processo de composição dessa letra e por quê este nome?
D-Rhuam: Essa música foi composta em mais ou menos uns dois dias na barbearia aonde eu trabalho porque eu estava na mente que precisava fazer uma parada nova, diferente do que eu já vinha fazendo e fui casando vários beats na internet, até que encontrei um que me identifiquei e fazia parte daquele som novo que eu estava querendo fazer. E a partir daí fui para o estúdio já com o som completo e como “Joga na Minha Cara” é uma frase da música que grava na mente das pessoas, quem ouviu ficou com ela na mente e virou o título da faixa.
ZonaSuburbana: Você sente que essa composição mostra um lado mais maduro de você como pessoa e artista?
D-Rhuam: Sim, não só acho como fiz ela pensando nisso. Eu precisava que as pessoas tivessem uma opinião mais madura de mim para minha própria carreira amadurecer. Acredito que com esse lançamento vou conseguir mostrar um D-Rhuam mais maduro, que fala na música um pouco mais sobre ele e suas reais vivências.
ZonaSuburbana: Como começou sua relação com o funk? Quais são suas principais referências musicais no funk?
D-Rhuam: Minha relação com o funk vem desde sempre, mas eu comecei a cantar funk em 2019, pré-pandemia. A minha primeira música gravada foi um funk com o DJ Wilton, ex-DJ do MC Daleste e ali se iniciava minha carreira no mundo do funk e pra quem acha que não vou fazer mais funk, me aguardem (risos). Minhas principais referências são MC Kevin, MC Hariel, MC PH, MC Neguinho do Kaxeta, MC Kelvinho, MC Kadu.
ZonaSuburbana: E a relação com o Rap e o Trap? Quais são suas principais referências musicais no rap brasileiro e internacional?
D-Rhuam: Minha relação com o Rap e o Trap é bem forte. O rap porque desde pequeno eu e minha família estamos sempre curtindo os sons de Rap antigo. Já o trap é nada mais, nada menos, que o estilo de música que eu mais escuto atualmente. Eu durmo Trap, acordo Trap, eu vivo Trap. Minhas principais referências são Racionais MCs, Dexter, Sabotage, Negra Li, RZO, Djonga, 50 Cent, Tupac, Dr Dre, Ice Cube, Snoop Dogg e Eminem.
ZonaSuburbana: Como começou a trabalhar na barbearia? Gosta deste trabalho? O que ele representa hoje para você?
D-Rhuam: Recebi um convite para trabalhar na barbearia do meu amigo Tikão e me joguei de cabeça. Estou me empenhando nisso para que no futuro consiga realizar meu sonho de ter a minha marca e realizando isso poder estar abrindo minha barbearia, a ‘Real Cortes’. Eu amo cortar cabelo porque representa muito pra mim, é o meio pelo qual eu sobrevivo hoje.
ZonaSuburbana: Quais são as principais vivências de quebrada que acredita que esse audiovisual está representando?
D-Rhuam: Nada mais nada menos do que a gente relatou nesse clipe, a minha vivência real, o que eu passo realmente, momentos que acontecem na barbearia, no campo da minha quebrada e na adega, onde eu passo bastante tempo dos meus finais de semana.
O single “Joga na Minha Cara” já está disponível em todas as plataformas digitais.
