Os 80 disparos contra o carro do músico Evaldo Rosa dos Santos em abril de 2019 no Rio de Janeiro, serviu como ponto de partida dos primeiros versos de “Tiro no Escuro”. A música começou a ganhar forma no encontro musical semanal Papo Musicado, promovido pelo Sesc Piracicaba, tendo sua primeira versão gravada no dia seguinte.
O primeiro Sambatrap brasileiro foi ganhando forma com a criatividade de Daniel Garnet, Dj Morello, Dj Short, Xeina Barros e Maikon Araki, todos dirigidos pelo produtor Rafinha Barros. Com as últimas tensões raciais ocorridas ao redor do mundo, 1 ano após a concepção da canção, Daniel Garnet decidiu que estava mais que na hora de lançar, “Tiro no Escuro”.
Daniel Garnet é um dos idealizadores da Batalha Central, primeira batalha de rap a emergir fora das grandes capitais. Juntamente com o rapper Peqnoh, lançou em 2011, o videoclipe “Serviço de Preto” (listado entre os 20 raps que são hino a negritude), se firmando a partir do evento, enquanto dupla.
Em 2013 lançaram o trabalho de estreia, Com as próprias mãos, DVD composto por 7 videoclipes. O trabalho chamou a atenção do público e dos meios de comunicação, fator que levou os MCs a participarem dos programas Manos e Minas (Tv Cultura) e Para Todos (Tv Brasil).
Lançaram juntos o álbum “Avise o Mundo”, eleito entre os 30 melhores de 2015 pelo site Noticiário Periférico. Em 2017, lançaram o álbum “Pegada de Gigante” – Ao vivo e em 2019 gravaram o segundo DVD, encerrando os 10 anos de parceria.
Carreira solo
O rapper gravou sua primeira faixa solo em 2010. Foi com o videoclipe “Isso é uma vergonha” que o MC se apresentou oficialmente para o mundo do rap. No mesmo ano o artista lançou o single “Tempo Bom”. Após 10 anos em dupla, Garnet voltou a se dedicar exclusivamente a carreira solo. Atualmente está investindo tempo e energia na criação de um novo repertório. Em abril de 2019 lançou o single “Feijoada” e em fevereiro de 2020 o videoclipe “Eletrobaque” ambas que farão parte do seu primeiro álbum solo, “Afro Trapicália”.