quarta-feira, dezembro 4, 2024

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Danzo exalta a realidade das ruas no EP “OTAFITA”

Sem pedir licença para ser quem é, o rapper paulistano Danzo, uma das vozes mais autênticas da cena, lança em 29 de novembro o EP “OTAFITA”. O projeto é distribuído pela Labbel Records, selo de trap da produtora Boogie Naipe, também por trás de nomes como Racionais MC’s e Mano Brown. No novo lançamento, as ruas não são apenas o cenário das músicas, mas a própria essência do rap. O trabalho mistura o funk, o drill e o rap mais raiz, e apresenta um Danzo maduro e disposto a fazer a quebrada ouvir o que ele tem a dizer, sem filtros e sem concessões. “OTAFITA” já está disponível em todas as plataformas de áudio.

Danzo optou por divulgar este novo trabalho um pouco mais de seis meses depois de lançar “A Peça Final”, pois, para ele, a motivação não está na visão industrial e quantitativa e, sim, musical. “Se eu me limitar a lançar apenas o que pode ser hit, vou me perder”, afirma. 

“Passei por essa ‘fase’ de love song, mas, no final das contas, eu sou quem sou. E eu faço rap. Tenho fases como qualquer outro ser humano e componho com base nas minhas experiências. Eu me baseio na minha própria realidade e a quebrada é, sem dúvida, minha maior inspiração”, explica Danzo. Depois das mixtapes O Cenário Certo para o Teatro Perfeito (2023) e A Peça Final (2024), que se complementam artisticamente, ele chega com uma obra diferente em termos de sonoridade, letra e conceito. O título “OTAFITA” carrega em si um duplo sentido. “É porque estou lançando outra fita no mesmo ano e porque é um projeto diferente, nada a ver com o último”, finaliza. O processo criativo foi intuitivo, quase espontâneo, e o EP reflete essa autenticidade. 

Produzido por Greezy, Agostinhx e sONTH, AmandesNoBeat e byMD, o EP “OTAFITA” mistura diferentes influências e estados de espírito, refletindo a personalidade do artista. A primeira faixa, “DPP”, foi lançada como single no início do mês, com videoclipe gravado no Jardim Nakamura, a quebrada de Danzo. Ela expõe letras cruas em um beat de funk e drill. Em “PLACO”, o rapper também apresenta rimas escritas de forma espontânea, sem filtros. Danzo brinca com as referências de maneira irreverente. 

“CLQN”, o feat com MT RARO e Kyoto.mp3, tem um clima mais introspectivo, mas ainda assim mantém a marca do drill e do funk. Danzo se junta ao parceiro IGU na canção “A&C” para explorar a ideia de causa e efeito no universo fonográfico. Em “PC”, ele critica o uso de fórmulas genéricas no rap e aborda a falta de autenticidade no cenário atual. 

A capa do EP representa uma crítica à indústria musical. “O desenho retrata a própria cena. Ela pode se tornar um circo se você não souber se controlar”, explica. Ao falar sobre a expectativa do público em relação à mixtape, Danzo é direto: “Espero que a galera sinta a real. Não é só uma fita pra se distrair. Tem conteúdo, tem rap, tem vivência, tem aprendizado”. Danzo não só reforça sua posição na cena, mas também reafirma seu compromisso com a autenticidade, com a arte feita sem concessões e, acima de tudo, com a vida real. 

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