No dia 12 de maio (sexta-feira), a cantora e compositora afrofuturista pernambucana, Doralyce, conhecida como Miss Beleza Universal, lança, nas plataformas de streaming, o single “Tão Bem”. A música faz parte do quarto álbum da carreira da artista, intitulado “Dassalu”, previsto para ser lançado em junho, junto a um Manifesto. O projeto, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2019-2020, contou, também, com o disco “Dádiva”, disponibilizado no ano passado.
“Tão Bem” nasce do encontro do R&B, pagotrap e pop. Fala sobre o início de uma paixão, cujo cenário são ligações demoradas, dias na praia, horas de conversa e a expectativa de viver um grande amor, caso o encaixe aconteça. “Afeto é a base da nossa construção social e se abrir para o amor é novo para nós, mulheres pretas, nordestinas, parte da comunidade LGBTQIAPN+, fora do padrão”, afirma Doralyce.
A percussão da canção, criada na Bahia, é de Ícaro Sá, integrante do grupo Baiana System; a produção musical e beat é de Felipe Pomar; a direção musical e produção executiva da própria Doralyce, mix e master de Ricardo Prado e distribuição do selo Colmeia 22 (Altafonte).
Doralyce é cantora, compositora e empresária à frente da Colmeia 22, produtora de música afrofuturista e etnopop, por onde lançou projetos de artistas, como Bia Ferreira, Bixarte, Luana Flores, Pacha Ana, Tyaro, Bruna BG, Grupo Bongar, Rúbia Divino, Vinicius Lezo, Abulidu e Júlia Tizumba, além dela própria.
Sua carreira musical começou aos três anos, mas foi a partir de 2016 que passou a ganhar destaque na cena, ocupando os palcos e usando o microfone com assertividade, a fim de propagar a revolução por meio do amor, da cura pela música e do movimento da vida relacionado à dança.
Ativista, traz para suas composições as causas que defende: afrofuturismo, afeto, a mulher, ancestralidade, liberdade dos corpos, autoconhecimento e emancipação. Propaga aos quatros ventos que as pessoas podem rebolar o quadril com uma mão no joelho e a outra na consciência.
Pelo que representa, a artista foi tema de tese de doutorado, apresentada como expoente do Afrofuturismo na universidade de Northwestern, em Chicago, nos Estados Unidos.
Neste ano, Doralyce foi a única cantora preta de Pernambuco a se apresentar no palco do Festival do Futuro.