Sexo e violência, beats crus com ataques vindos de toca-discos, riscos, guitarras recortadas e muito groove eletrônico. Em julho de 1987, com o álbum “Rhyme Pays”, Ice-T iniciou a pré-história do gangsta rap com rimas que descreviam de forma agressiva a vida dos jovens negros nos guetos de Los Angeles (EUA).
“Rhyme Pays”, lançado pela Sire Records, recebeu três estrelas dos críticos da revista Rolling Stone, foi o número 93 na lista da Billboard e conquistou a vigésima terceira posição no Top R&B/Hip Hop.
“Seis da manhã, polícia na minha porta”, canta Ice-T em “6’n the mornin”, rap de “Rhyme Pays” tido por especialistas como o marco zero do gênero gangsta. Tretas nas ruas, vida na cadeia e misoginia, temas e atitudes recorrentes no rap, colocaram os holofotes sobre o rapper de L.A.
CONHEÇA A LETRA DE “6’N THE MORNIN”
Na época, o crack invadia os guetos, mudava as ruas e as relações entre os jovens pretos e a sociedade norte-americana. O rap de Ice-T mostrou mais que uma fotografia da realidade e inspirou muitos artistas.
Em 1988, as rimas do rapper chamaram a atenção do diretor Dennis Hopper. Ice-T acabou compondo a música título do filme “Colors”, clássico que retrata a cultura das gangues dos EUA.