terça-feira, dezembro 3, 2024

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Em “Versos Orìkí”, Nego Bala mostra que poesia e funk podem nascer da mesma realidade

Crescido na região de São Paulo popularmente conhecida como Cracolândia, Nego Bala passou a enxergar novas perspectivas para a própria vida a partir do contato com a poesia. “A poesia me deu a visão de 360º. Eu consigo enxergar a realidade com um olhar mais amplo, um prisma onde eu me vejo!”, destaca. Agora, ele conta a própria história por meio da arte que antes possibilitou a criação de novas realidades.

É difícil entender o lugar do artista nesse espaço denso e ao mesmo tempo focar no corre e estabelecer o equilíbrio entre criar e tornar um trampo público, mas resolvemos encarar o desafio”, comenta Nego Bala, cantor de funk e autor de Versos Orìkí, experimento audiovisual de poesia. Dirigida por Danilo Arenas, a série de vídeos traz a inventividade do artista em textos divulgados por capítulos, confira o primeiro e o segundo no fim da matéria

Acostumado a criar artisticamente dialogando com o funk, o cantor escancara o potencial criativo de artistas surgidos no gênero musical ao conversar com outras linguagens e formas de expressão, e isso equilibrando versos bem construídos e críticas sociais pertinentes. “Pra mim, refletir é um exercício constante, principalmente na hora de criar. É aí que eu questiono o papel da minha vida e o papel de cada letra da realidade. Vírus, execuções, degradação política, econômica, ambiental… Qual é o valor da vida com tanta crise exposta, em evidência?”, indaga.

Parceria com o Coala.Lab, núcleo de projetos musicais do Coala Festival, o trabalho sucede o mini documentário Da Boca Do Lixo, filme também nascido do encontro entre a plataforma, o diretor e o artista. “É uma criação conjunta e vem ganhando força com esse e outros pequenos projetos que vamos apresentar ao longo do ano e da vida. Quando eu estou com o Danilo, a poesia pula para a imagem”, conclui.

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