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quinta-feira, setembro 12, 2024

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#estudeofunk lança EP “Pagofunk Delas”, de Letinzz

O #estudeofunk lança no dia 23 de agosto, pelo selo FundiSom, o EP “Pagofunk Delas”, de Letinzz, participante da temporada “Mete Marcha” do programa de aceleração de artistas de funk. Lançado no mês da visibilidade lésbica, o EP traz a temática em todas as quatro faixas, que misturam o funk carioca e o pagodão baiano resultando num beat dançante e divertido.

Atriz e humorista, Letinz veio de Salvador para o Rio com o objetivo de se dedicar à carreira e começou na música fazendo paródias. Ela conta que sempre escutou rap e trap, porque se identificava com as letras, e busca trazer a perspectiva de uma mulher lésbica para sua arte. Assim, ela reafirma sua orientação sexual por meio da ironia e das paródias. “Para mostrar minha identidade, quis trazer um fundo cômico em todas as faixas, sempre cantadas de uma mulher para outra. O pagodão tem essa pegada sexual, mas sempre numa perspectiva heterossexual. Esse EP traz esse lado da mulher sapatão”, ela conta. 

Ouça nas plataformas de áudio.

No fim de 2023, ela voltou à cidade natal para estudar mais sobre o pagodão e se identificou com o humor e o  duplo sentido utilizados. O EP traz essas características, com referências como se dizer “azeda e gostosa” na música “Nega Fini”, satirizando “Nego Doce”, de Kannalha. Ela também ressignifica a brincadeira de funks antigos que mandavam agarrar ou apontar pra determinadas pessoas na faixa “Bi de festa”, em que conta a história de uma amiga que diz ser hétero, mas quando está em festa “pega homem e mulher”, e diz “aponta pra sua amiga que gosta de beijar colega”. O EP traz ainda “Tomar Botada” e “Segredinho”, com participação de P0CKET, também artista do #estudeofunk

“Quando eu cheguei no programa e fui fazer funk, eu pensei no que é o funk lá em Salvador? É tipo o pagodão. Mas as pessoas não escutam pagodão aqui no Rio. Resolvi fazer pagofunk, que é o pagodão com funk. O pagodão não é tão consumido no Sudeste, mas se a gente misturar com funk carioca, acho que vai colar, hein?”, ela diz, lembrando que uma de suas primeiras paródias viralizou nas redes sociais, alcançando mais de 100 mil visualizações. Com o apoio dos amigos e do público, Letinzz foi incentivada a entrar para a música para trazer a perspectiva LGBTQIAPN+  para a cena. O clipe “Real Sapa” foi finalista do MVF.

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