Questionando a associação da estética da favela ao crime, o embranquecimento da cultura, a rivalidade, a centralização da cena e tantas outras problemáticas, de forma muito singular, Camel, Suja e Venas falam sobre como entendem o corre de ser artista nordestine, independente, prete e favelade no Brasil – principalmente no hip hop.
Os artistas fazem a música passear por cada uma das suas identidades e particularidades, desabafando e trazendo o questionamento: fácil pra quem?
Com beat de Kimetsu e produção de RLLXX, dia 8 de janeiro “Fácil” chega nas principais plataformas de streaming. No dia 19 de fevereiro, seu clipe, produzido por Camel e Suja, com direção e gravação assinadas por Lucas Sato, edição por Débora Paixão e imagens de drone captadas por Igor Cavalcante no Parque São Bartolomeu, estará disponível no canal do artista, que é morador do bairro de Pirajá – comunidade onde fica localizado o Parque.
“Escolhi o parque São Bartolomeu como locação do clipe de “Fácil”, por que eu amo poder dizer pras pessoas que esse lugar incrível fica no meu bairro, assim como o pico onde gravei o clipe do meu primeiro single “GANA”, que fica praticamente atrás da minha casa e que são – ou pelo menos deveriam ser – cartões postais de Salcity mas, principalmente pra nós, que somos artistas negros, periféricos e independentes, fica fácil entender o motivo dessa desvalorização. Então, além de exibir o parque, faço também uma analogia ao que é ser um artista como eu.”, relata o artista Camel.