A “Minhas Linhas, Meus Guias” é o produto de um acumulo de material que Gegê produz desde os anos 2000, dentre letras e gravações feitas em estúdios de amigos.
O titulo da mixtape sugere a caminhada percorrida pelo Mc e destaca a veracidade de suas linhas(ou versos) como ponto de partida para suas reflexões e inserção da mensagem. O conceito também dialoga com o aspecto religioso do artista, vislumbrando a interlocução de suas rimas com fundamentos espirituais.
Sendo assim, os raps “largados” nas batidas refletem desde a situação de vulnerabilidade de adolescentes, apropriação cultural, africanidades, politica, educação, lazer dentre outros assuntos.
O maestro das pick-ups Dj Erick Jay foi quem endossou o trabalho do Mc, mixando as canções ao modo clássico do formato Mixtape (Fita Mixada), riscando e intervindo com scratches, viradas e colagens.
Os beats e as colaborações ficaram por conta de um time especial que o Mc escalou. Diego Ali, Ricardo Móck, Said, Hadjisuinara, Chiocki, Kevin Augusto, Dj TG, Dj Rm, Dj Mayk Oliveira, Quebrada Groove, Sem, Timm Arif e Thomaz Beats são os beatmakers. Luiz Preto, Du Efex, Tico Qdp, Maique Maia, Jô Maloupas, Dory de Oliveira, Cafuso, Dugueto Shabazz e Preta Ary são os MCs participantes.
A arte ficou por conta da sensibilidade da Mikaelle Escobar sobre olhar de Douglas Cassiano, o saravú das lentes.
A mixtape é um grito de respiro do hip hop em sua essência. “Minhas Linhas, Meus Guias” é um chamado aos amantes da cultura para reavivar e dar a continuidade à existência da mesma.