No próximo sábado (03/10), artistas de diversas regiões de São Paulo fazem um grafitaço no Jd. São Remo, zona oeste da capital, para conscientizar os moradores sobre a importância de reciclar o lixo que produzem. A iniciativa do projeto Óleo pelo Futuro reúne nove grafiteiros para colorir o Escadão São Remo, com a temática reciclagem e meio ambiente, mostrando para a população como cada um pode fazer a sua parte para deixar a comunidade mais limpa.
Camilo Thomaz Benedito, popularmente conhecido como Sapiens, é um dos convidados. Formado em Ciências Sociais, ele usa o grafite e a intervenção urbana como formas de questionar a sociedade e promover ações cidadãs, com trabalhos no Brasil, Canadá, Cuba e Portugal. A paulistana Ziza é outro destaque, com traços característicos que privilegiam a figura feminina, com influência da diáspora africana. Morador da São Remo, Izu é mais um dos artistas que se juntam ao grafitaço, conhecido por seus grafites de abelha espalhados pela capital paulista.
Também participam os grafiteiros Joks, Monster Ectoplasma, Dimy Unclear, Douglas Santos, Mirage, Cléo (Tamojunto) e John (Tamojunto) – com trabalhos reconhecidos em todo o Brasil.
Ação Social | Reciclagem também gera renda
O grafitaço faz parte do projeto Óleo pelo Futuro, que conscientiza a população sobre o descarte correto do óleo de cozinha usado. Para incentivar a reciclagem no Jd. São Remo, desde setembro, óleo usado e garrafas plásticas podem ser trocados por dinheiro em pontos de coleta da comunidade, com o uso do aplicativo Óleo pelo Futuro, criado pela CICLA, especializada no desenvolvimento de projetos de economia circular, em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Com a implantação da plataforma online, os moradores passarão a receber R$0,50 por cada litro de óleo usado coletado e poderão vender garrafas plásticas, que valem R$ 0,50 o quilo.
“Como o nosso objetivo é expandir o uso do aplicativo, e o mesmo sistema de compensação financeira para outras comunidades no próximo ano, convidamos grafiteiros de diferentes comunidades de São Paulo, o que permite um intercâmbio de estilos e ajuda a difundir o projeto para outras regiões, além da São Remo”, diz Daniel Carvalho, CEO da Cicla.