Os Grillz experimentaram um renascimento, graças ao trabalho manual de joalheiros como Fernando Mielli e Rafael Ferrari da Elements Joia Dental, que se dedicam a criar designs ousados, experimentais e irresistíveis.
O lifestlyle da Elements Joia Dental (elementsjoiadental.com.br) vem de muitos anos e a raíz desse conceito e personalidade é a inclusão literalmente de todas as classes sociais e raciais, sem distinção, seguem quebrando tabus e paradigmas, que a área da saúde impõe, saindo de todas estruturas que não cabem mais no século 21, deixando a bolha.
“Moldamos em como receber quem mais importam, que são as pessoas, afinal, ninguém chega a lugar nenhum sozinho, nossa clínica é para todos”, conta.
Implemendo o lifestyle com a ciência, a Elements tem profissionais competentes e de personalidades únicas, para a empresa todo mundo serve para agregar de alguma forma, são abertos a isso. “A elite que existe na área da saúde não nos cabem mais, somos mais que isso, temos propósitos reais de ajudar pessoas que estão frustradas por serem quem apenas são e nossa obrigação é acolher, cuidar priorizando saúde e autoestima e mostrar que com consciência podemos fazer tudo que quisermos, podem esperar a elements sempre com braços abertos para ensinar e também aprender”, finaliza.
“A nossa trajetória anda muito em paralelo com a cena do Trap”, conta Fernando Mielli, de 37 anos, sócio da Elements Joia Dental. “O Derek e o pessoal da Recayd são nossos parceiros desde o começo. A gente apostou neles pela estética do Trap e porque precisávamos de foto, de gente falando sobre o produto”. Hoje, a Elements tem uma média de 10 clientes semanais e já fez peças para Cleo Pires, Pabllo Vittar e Karol Conká.
Mielli e seu sócio, Rafael Ferrari, de 37 anos, se autointitulam os pioneiros do movimento de grillz e caps no Brasil. Ou, pelo menos, de ter tornado a tímida demanda em um mercado próximo ao que conhecemos hoje. Rafael é dentista e já desenvolvia alguns caps antes da parceria com o amigo – cada nova joia que criava rendia uma nova leva de indicações. Enquanto se especializava em ortodontia, Felipe morava na Flórida, onde teve seus primeiros contatos com a tendência dos grills.
Quando os amigos de infância se reencontraram em São Paulo, em 2016, decidiram montar uma clínica juntos. “O pessoal vinha procurar o Rafa e começamos a enxergar um nicho de mercado”, relembra Fernando. “A gente começou a buscar mais referências lá fora, até com essa vivência que eu tive, vendo muita gente usar e sabendo o que era a cultura das peças maiores, os grills. Somamos conhecimentos: ele com a odontologia e eu com branding e marketing, para procurar artistas e impulsionar o mercado”.
A elaboração de uma joia bucal clássica envolve entre três e quatro profissionais: dentistas para fazer o molde, a equipe do laboratório de fundição de metais para confecção da jóia e ourives para finalização. “O processo começa com uma referência, como se fosse uma tatuagem”, diz Fernando. “Geralmente, o cliente já vem com uma ideia, muitas vezes até dentro dos nossos modelos. O primeiro procedimento é com o Rafa, para fazer a moldagem — se é a opção móvel, a gente faz o molde em gesso e vai fazer a jóia. Se é um fixo, o Rafa faz um preparo e depois a moldagem”.
“O preparo é como se fosse um desgaste no dente, um aplanamento e inserção de um trilho que cerca o dente e a gengiva, para o encaixe do cap”, explica Rafael. Parece invasivo, mas não é: trata-se de um desgaste sutil, de no máximo 0,2 milímetros de espessura. Além disso, o procedimento é um consenso entre os três odontologistas ouvidos pela reportagem. Isso porque é preciso que a joia tenha o encaixe perfeito para não ter acúmulo de restos de alimentos entre o acessório e o dente.
Caso o desgaste do dente não seja feito, o cliente pode desenvolver problemas periodontais, seja de inflamação gengival ou, a longo prazo, uma cárie infiltrada dentro da jóia. É bom lembrar que as jóias fixas são reversíveis se bem aplicadas. Neste caso, Rafael recomenda um processo estético odontológico depois da retirada para manter o dente natural em perfeita aparência.
“A partir do molde em gesso, é feita a escultura em cera da joia encomendada pela pessoa. Essa escultura vai para fundição no metal escolhido — ouro, prata ou níquel”, completa Fernando. “Esse é o processo de uma joia mesmo, só que integramos isso à anatomia da pessoa”.