De Sorocaba (SP), Guilo MC tem sua trajetória musical marcada pela vontade de levar todo seu conhecimento formado durante a época que estudou licenciatura em História na UDESC para a periferia através de uma forma compreensível a todos.
Enquanto prepara seu álbum “Bad Vibes, Love Song’s & Manual de Guerrilha” para o público, o MC tem liberado uma série de singles.
Em “Black Panthers Vive” o MC mostra tudo aquilo que aprendeu em sua militância negra onde busca resgatar sua ancestralidade e a história do povo negro. Acompanhando de uma batida pesadona, Guilo fala sobre como a sociedade brasileira nega que existe o racismo afirmando que o Brasil é um país multicultural quando, na verdade, tenta sempre apagar a história do povo negro; fala também sobre pessoas brancas que negam o racismo e que não tentam se colocar no lugar das pessoas negras; e mostra vários aspectos do racismo: a solidão da mulher negra, o racismo virtual, a dificuldade de acessar as escolas particulares e o fato das escolas públicas darem um menor prepara para o ingresso de alunos em universidades públicas e o discurso da meritocracia.
Para encerrar o single, Guilo fala sobre o que o motiva a rimar e sobre seu papel na luta contra o racismo:
“A nossa história foi roubada. Por isso a cada dia eu escrevo uma nova e escrevo cada som como se fosse a raiz de uma figueira onde as ideias brotam. Quero ser forte como meus ancestrais, enfim, made in África. Só não sei de que país. Vamos vencer sem palmitagem: o que adianta ascender e diminuir os caráter? Nós que nascemos pretos, já nascemos militantes. Por isso, pela causa, dou minha vida e dou meu sangue”.