Com direção de Daniel Ganjaman, chega nesta quinta-feira (10) através da Altafonte, “Crianças Selvagens”, o segundo álbum de Hot e Oreia, o duo mais irreverente do mundo do Rap.
Sem dúvidas com este álbum a dupla consolida seu lugar no hip hop nacional. Nas dez
faixas, produzidas por Rafael Fantini e beats do Tropikilaz, Vhoor, Coyote e Deekapz há
participações de Black Alien e Naty Rodrigues e samples com a voz de Caetano Veloso e
Nelson Ned.
“Nosso segundo álbum vem talvez para completar a frase que o Rap de Massagem disse
ano passado. É um álbum que sintetiza como a gente se sente na cidade, e o que
queremos ser dentro dela”, afirma Hot. “A criança selvagem é uma busca por um ser que
talvez a gente nunca consiga ser de fato, mas que nos vemos obrigados a tentar ser:
alegres, coletivos e de olhos atentos às mudanças da civilização dura, triste e egocêntrica
do nosso tempo”, acredita o cantor e compositor.
“É um disco que fala de uma mudança íntima que vem acontecendo com a gente nas
nossas relações, e dessa abertura pra mudar-se, estar aberto, assim como os olhos de uma
criança, prontos pra aprender e desaprender o que já não faz sentido”, complementa Oreia.
As faixas “Saiu o Sol” e “Papaia” lançadas com antecedência chegaram com clipe. O álbum “Crianças Selvagens” já está disponível em todas as plataformas digitais!
O texto de apresentação do álbum foi escrito pelo conterrâneo de Hot e Oreia, o rapper
Djonga.
Muito louco! Eu tomei umas e fui ouvir o disco. Notei que musicalmente os caras
transcenderam. A musicalidade realmente ultrapassou o limite do ápice que tinham
chegado. Existe algo nas ideias que une o álbum inteiro. Estou vendo vocês colocando para
pista aquelas ideias que já pensavam há um tempão. Além disso Hot tem um flow muito
cabuloso. O mais original que rola no Brasil. Uma parada que não dá para explicar muito
bem. E esse lance das colagens e intervenções são muito importantes e deu uma
característica muito foda para o disco, como nos samples do Caetano Veloso e do Nelson
Ned. O Oreia trouxe uma maturidade nas letras que transcende muito o que ele tinha criado
como personagem dele mesmo. Acho que é um álbum que em todos os sentidos possíveis
está muito mais profissional e muito mais sinistro do que o primeiro de vocês. Traz uma
espécie de complexidade muito gostosa. Os caras estão de parabéns.