sexta-feira, novembro 22, 2024

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Ianaê Régia lança álbum “AFROGLOW” com videoclipe de “Lina e o Oceano” pela Natura Musical

Após abrir os caminhos para o lançamento de seu álbum de estreia “AFROGLOW” com o single “Meio do Céu em Leão”, a artista gaúcha Ianaê Régia aproveita o mês de setembro – em que a pauta da saúde mental acontece por meio das campanhas intituladas “Setembro Amarelo” – para lançar o segundo videoclipe que ilustra seu novo trabalho patrocinado pela Natura Musical.

A faixa “Lina e o Oceano” vem acompanhada de um trabalho audiovisual inspirado em alguns dos principais filmes dirigidos por Cristopher Nolan, entre eles o “Interstellar”, um dos favoritos da artista. Disponível em todas as plataformas digitais no dia 15 de Setembro, o álbum narra um ciclo de “nascer e renascer” que vivencia e segue vivenciando seus processos de autoconhecimento e autocuidado a partir de uma perspectiva cada vez mais racializada.

Dentre os gêneros que compõem o álbum, o público irá conhecer novas versões dessa artista que traz desde influências gospel, instrumentais de piano, até Lo-Fi e Trap. O álbum ainda contará com shows de lançamento em três cidades passando por Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, a partir de outubro.

Importantes pautas do movimento negro como saúde pública, hiperssexualização do homem negro e apropriação cultural, norteiam as composições de “AFROGLOW”, que trará também experiências imersivas ao público por meio de uma aula de kemetic yoga, que é a prática de yoga de origem africana – e não indiana como é mais conhecida no Ocidente – e de meditação, afim de retratar algumas das técnicas de autocuidado ancestrais da população negra, mas pouco remetidas e protagonizadas por essa comunidade.

O nascimento do álbum veio de uma profunda tristeza e sentimento de solidão conforme relata a artista, por isso a escolha da faixa “Lina e o Oceano” para o segundo trabalho audiovisual se deu por ele conseguir retratar melhor o próprio desenvolvimento do conceito criativo e processos internos de Ianaê.

Por ser uma letra sensível que demonstra a vulnerabilidade e revela a necessidade de humanização de uma pessoa preta, que carrega consigo um fardo enorme para simplesmente ter o direito de existir e estar vivo. O clipe mostra o sofrimento que eu tento constantemente esconder porque eu fui criada pra me tornar uma máquina. Ela é a música onde eu finalmente posso dizer: Ok, eu me rendo: não existe nenhum brilho aqui. Estou com medo, sozinha, exausta e eu preciso de ajuda. Lina é o que dá sentido e direção ao Meio do Céu, porque só existe a ganas de enfrentamento e procura por bem-estar a partir do entendimento de que existe um lugar de mal-estar, de desconforto e de necessidade de mudança”, explica a artista que também atuou no projeto como diretora artística.

Apesar dos bloqueios de estar criando sobre uma pauta enquanto também vivencia os processos em torno dela, Ianaê conta que conseguiu criar uma estratégia de desbloqueio criativo que a auxiliou a criar de forma mais sistematizada, porém não cansativa em relação à sua própria maneira de produzir. “Passei a sair de casa com três itens, no mínimo: caneta, caderninho e celular com gravador. Eu transcrevia diálogos ouvidos na rua, diálogos em filmes, montava uma sucessão de melodias a partir dos sons de buzinas de carros e ônibus, anotava frases sem sentido que passavam pela minha cabeça até que compunha e recompunha. Eu lidava com os meus bloqueios criativos não mais me obrigando a criar, mas fazendo qualquer outra coisa por algumas horas e depois voltando a pegar uma caneta na mão e iniciando o processo de escrever o que quer que passasse pela minha cabeça”, celebra a artista.

Além de “Meio do Céu em Leão” e “Lina e o Oceano” o álbum conta com as faixas, “Colore”, “Rotina”, “DISS”, “Ponto Sensível” e “Umbigo”, que quando executadas em sequência, e embasadas com os videoclipes configura a experiência de alguém que começou a se conhecer, a aprender a se autovalidar, a reconhecer sua dores em meio a sua própria rotina, compreender não só suas questões individuais, mas também coletivas e a partir daí, passa por um processo de autoconhecimento e evolução pessoal e profissional.

Com patrocínio da Natura Musical, a artista se orgulha de em sua primeira tentativa de inscrição ao edital ter sido contemplada, e a instituição comemora ao poder contribuir na amplificação do conceito idealizado por Ianaê.

O álbum “AFROGLOW” foi selecionado pelo edital Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Rio Grande do Sul (Pró-Cultura), ao lado de As Águas São Nossas Irmãs, Cristal, Festival Rap Contra o Frio e Festival CabobuA Festa dos Tambores, por exemplo. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para mais de 50 projetos até 2022, em diferentes formatos e estágios de carreira, como Cristal, Zudizilla, Dessa Ferreira, e os coletivos Tem Preto no Sul e Circuito Orelhas.

A partir de Outubro, Ianaê passará por três cidades para divulgação do “AFROGLOW” sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, onde a performance será parcialmente gravada e posteriormente disponibilizada no canal do Youtube.

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