Para alcançar a mistura da batida do rap com a do samba, as 11 faixas recorrem a samples de Paulinho da Viola, Antônio Carlos e Jocafi, Luiz Bonfá, Marku Ribas e João Nogueira e Zé Katimba. As percussões e violões unem-se aos scratches e o flow de D2 oscila entre a roda de rima e a roda de samba.
“Foi tão potente que me tornei o artista do ano, aconteceu tudo o que poderia acontecer com um disco”, lembra Marcelo D2 sobre a época. “Foi uma porrada, sou um cara do subúrbio do Rio de Janeiro. Eu era do Planet Hemp, a gente foi preso, caiu na porrada com a polícia. De repente, virei o queridinho de todo mundo.”
“A Procura da Batida Perfeita” marca o segundo capítulo da busca pela sonoridade que mescla o rap e o hip hop com o samba e a identidade da zona norte do Rio de Janeiro. O álbum reafirma constantemente sua busca estética em versos como: “É sinistro, cumpadi, é sinistro/ Percussão de samba, MPC e vários discos” (em “Profissão MC”).
“O rap me deu a consciência de querer representar o lugar de onde eu vim. Me reencontrei com o Marcelo suburbano. Andava com Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho, os caras cantavam essas coisas”, explica o artista. Em meio a músicas que se tornaram clássicos, como “A Procura da Batida Perfeita”, “Loadeando”, “Qual é?”, D2 segue a máxima cantada em “Vai Vendo”: “Eu sei, no samba represento o hip hop”.
Gravado em Los Angeles, foi produzido em conjunto com Mario Caldato Jr. e David “Marroquino” Corcos. Além dos feats com will.i.am (do Black Eyed Peas) e Stephan, há outras participações de peso, como Ivan Conti Mamão (do Azymuth), Seu Jorge, DJ Zegon, MC Marechal e DJ Nuts.
Os interessados em assinar o NOIZE Record Club vão garantir a versão em vinil do disco “A Procura da Batida Perfeita”, de Marcelo D2, na sua coleção.