Cantora aproxima a música clássica do popular e propõe um mundo que não é nada diferente do que somos
“Se tudo isso é paixão é fato se entregar?”, este é o questionamento por trás de toda a composição da música “Só Você”, novo clipe da cantora e compositora Janine Mathias, com a participação do baixo jazzístico de Rodrigo Marques.
Gravado no estúdio Academia do Rock, em Curitiba, a música é mais um clássico sobre a paixão. Mas, para Janine Mathias, “Só Você” vai além das rimas piegas entre amor e dor, e apresenta versos de um delírio onírico buscado pela cantora. “É essa questão onde primeiro é preciso nos olharmos. E ai surge a entrega pro outro e por inteiro. Em um mundo onde a transparência é quase uma raridade, onde a entrega é quase uma fragilidade, eu falo dessa paz que devemos ter em nós. E assim, dividir a vida com o outro. E nesse caso eu falo mesmo do amor”.
Diferente da dançante “No Flow”, clipe lançado recentemente pela rapper e celebrado no Festival Terra Do RAP, sendo a única cantora brasileira a integrar o headline da última edição em homenagem à nações lusófonas, desta vez, em “Só Você”, Janine Mathias flerta a plenitude de sua entrega em diversos desafios e propostas musicais sem esquecer sua origem, como neta e filha de sambistas, explícitos na cadência de sua voz e no fortalecimento da proposta do seu soulrap.
“Neste caso, eu compartilhei com o amigo e músico Rodrigo Marques a vontade de ter uma música onde o único instrumento a versar comigo fosse o baixo. E nesse caso ele foi fundo no groove. O Rodrigo tem um lado revolucionário que me encanta, ele não se agrada com a zona de conforto. A princípio era pra um outro projeto que acabou não dando certo e eu fiquei inquieta, com essa vontade de dar vida pública a minha paixão canção”, revela a cantora. Rodrigo Marques, faz parte da Orquestra À Base de Corda e já se apresentou em diversos palcos ao lado de Janine, com destaque no show “Janine Mathias convida Tássia Reis – Um Mergulho no Rapjazz”.
Para Janine, a presença de Rodrigo Marques foi a base para que ela pudesse apresenta ao público a junção entre o clássico e popular. “Eu gosto de mexer nos conceitos e propor um outro mundo que não é nada diferente do que somos. Assim é essa música, uma forma de constatar os fatos”, sintetiza.