John Singleton é um consagrado diretor de filmes e era amigo de Tupac. Perguntado, na ComplexCon, sobre o que acha do novo filme biográfico do rapper, com previsão de lançamento para 2017, e se assistiu aos trailers John disse:
“Eu não assisti e eu me recuso a assistir. Eu sei que eles cagaram tudo! Então eu não vou nem tentar prestar atenção nisso. Eu não quis fazer esse filme por vários anos seguidos. Antes de tudo, as pessoas queriam que a história fosse contada, mas eu era íntimo dele. Eu era próximo demais para poder contar a história. Então eu vi outros diretores dizendo que queriam fazer o filme e algo dentro de mim fez um click até que eu decidi fazer de fato o filme. Eu falei pros filhos da puta da empresa que se eles quisessem que eu fizesse o filme, que eles saíssem da minha frente e me deixassem fazer o filme”.
John também disse que, em meio ao contexto do Black Lives Matter, ele queria não só retratar a biografia de Tupac mas também trazer um teor político ao filme mostrando o ativismo do rapper:
“Sério, sua alma não descansaria em paz a menos que esse filme fosse feito da maneira correta. Não é sobre um rapper qualquer. É sobre um mano que foi criado para ser um revolucionário. Ele pode não ter sido o próximo Malcom X, mas ele teve o potencial para ser um grande líder no país. Ele não queria essa responsabilidade mas foi derrubado por uma série de forças diferentes das quais muitas pessoas nem sabem”.
John disse ainda que chegou a dirigir Tupac no filme “Poetic Justice” em 1993 e que escreveu um grande roteiro para retratar a biografia do rapper, mas só não fez na época porque não acreditou que a empresa que faria o filme daria o melhor de si:
“Eu fiz a pesquisa que foi falar com todos que eram próximos dele, que viveram isso, e juntei todos os pedaços de lembrança, o que foi difícil já que cada um queria que o Tupac fosse uma coisa diferente para si. Eles queriam contar uma história do Tupac que era uma história deles: e não uma história do Tupac. Eu fiz um roteiro incrível e eu achei que eles fossem seguir isso, mas como eu sou bocudo e falo tudo o que penso, muitas pessoas não gostam de trabalhar com um negro em Hollywood que tem opinião própria. Eu sabia que eles não fariam um bom filme e eles não fizeram”.
O atual roteiro do filme foi criado por Ed Gonzales e Jeremih Haft, enquanto a direção foi encarregada a Benny Boom.