O cantor e DJ Jonathan Costa, de 29 anos, que agora adotou JonJon como nome artístico, refletiu sobre o cenário atual do funk e como os artistas do segmento ainda são alvos de preconceitos.
“O funk está crescendo, se tornando cada vez mais profissional. Vemos grandes empresas com faturamento milionário. Através disso temos uma contribuição gigantesca na economia do país, ja que geramos emprego e pagamos impostos tanto na pj quanto na pf. O funk hoje é um dos maiores movimentos culturais do mundo e um dos produtos brasileiros mais exportados do país. O mundo ama o funk, querem conhecer sobre nossa cultura, nossa raiz”, disse o cantor.
JonJon também destacou que os funkeiros ainda sofrem muito preconceito, apesar do gênero estar mais valorizado pela massa.
“Sim, sofremos muito preconceito porque a matriz, o berço da nossa cultura é periférica, vem da favela e muita vezes nas músicas é retratada feridas que estão abertas na sociedade que as pessoas preferem fingir que não existem”, comentou JonJon, que acrescentou:
“Com a chegada da internet ficou nítido a nossa potência através dos números que alcançamos nas plataformas digitais. Hoje somos vistos, mesmo independentes conseguimos mostrar o nosso valor pela massa que nos representa refletindo nos números das redes”.
JonJon ainda deu uma dica para ajudar aqueles que pensam em trilhar um caminho de sucesso no ramo musical.
“Entenda que a música é como qualquer outro comércio. Você tem que cuidar do seu produto (que é a arte) e administrar as possibilidades que são criadas a partir da demanda que ele gera. O seu diferencial esta na originalidade, na verdade do seu conteúdo e na maneira que voce administra esse faturamento”.