Não é exagero afirmar que o Hip Hop salva vidas. Atualmente, o movimento é uma das ferramentas de construção social mais poderosas das periferias brasileiras e responsável pela formação cultural de milhões de jovens. Um deles é L7NNON, cria de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e que conquistou o Brasil com seus versos. “Hip Hop Rare”, seu segundo álbum, é um grande tributo ao poder transformador do gênero, e chega nas plataformas digitais dia 19 de novembro.
“Hip Hop Rare” tem tudo que um bom álbum de rap precisa: lírica afiada, diferentes cadências no flow, vivência e muito papo reto. L7NNON canta sob a perspectiva de um batalhador que chegou onde sempre sonhou, mas reforça as dificuldades da caminhada. Para ele, o carro do ano, a cobertura na Zona Sul, os relógios caros e os milhões de seguidores são consequências do seu esforço, mas o valor de verdade está nas companhias de longa data, no lugar de onde veio e em fortalecer o movimento.
Com “PPTN”, o álbum começa em tom de agradecimento ao rap e aos amigos. “Hitmaker” exalta as conquistas do jovem cantor, sem o ar da ostentação, porque, logo em seguida, a faixa “Motivos” faz questão de lembrar que a batalha sempre antecede o sucesso. L7NNON segue o disco com os sucessos “Algumas Frases”, “Abre a Porta” e “Perdição”, que, juntas, somam mais de 150 milhões de streamings de áudio e vídeo. E ele finaliza com a mesma mensagem do início, de gratidão pela integridade e pela força que o fizeram chegar até aqui.
As parcerias dizem muito sobre este projeto: Black Alien, um dos maiores nomes da história do rap nacional, os novíssimos Pescadinha e Bolin, MC Marks e MC Hariel, dois dos grandes expoentes do funk, e Gaab, outro artista em ascensão e que empresta a voz em “Nada É Pra Sempre”, single carro-chefe do álbum. E, para garantir a melhor sonoridade possível, Papatinho assina a produção e os beats.
Com “Hip Hop Rare”, L7NNON quer devolver ao movimento tudo que recebeu. Em cada linha o sentimento é o mesmo – mostrar que apesar das dificuldades, o sonho vale ser sonhado: “Não é talento, mano, é disposição / Sabe que ‘nós’ não falha na missão / Olha minha cara estampada na capa / “Traficante” sim, só que de informação”.