O programa RADAR Brasil do Spotify, uma extensão do programa global de desenvolvimento de artistas emergentes do Spotify, anuncia sua primeira artista RADAR de 2023: MC Luanna, rapper baiana, nascida na cidade de Ubaitaba, reconhecida por trazer para o rap e trap brasileiro letras que exaltam a sagacidade da mulher preta e de favela.
“Esse projeto diz sobre trabalhar muito e saber esperar a nossa vez. Chorei quando foi a Tasha e Tracie, chorei quando foi a vez do Veigh, chorei quando foi a vez da Nina, chorei vendo a Mac Júlia. Meu coração se alegrou ao ver a conquista dos meus amigos e me inspirou a trabalhar. Minha forma de pensar não estava errada, era sobre trabalhar, nossa arte e identidade, sobre continuar sendo de verdade, continuar mesmo nos dias ruins. Eu sabia que meu trabalho ia me trazer de volta tudo o que eu queria, e esse dia chegou. Minha vez chegou depois de aplaudir a vez dos outros”, comenta a cantora.
Hoje, Luanna vive na periferia da Raposo Tavares, Zona Oeste de São Paulo, e, apesar de sua formação técnica em saúde bucal e ter trabalhado no ramo da odontologia desde os 18 anos, cravou seu nome na música Desde o lançamento do seu primeiro single, “Kit Rosa”, em 2020. Com os lançamento de “Maldita” (2022), seu primeiro EP, no qual retratou os processos de amadurecimento e afetividade das jovens pretas e de periferia, e “44” (2022), sua primeira mixtape, em que mergulhou na dualidade de sua vida pública e privada, já conquistou mais de 1.5 milhões de ouvintes mensais no Spotify.
Entre suas as faixas que fazem parte da playlist RADAR Brasil do Spotify, estão “Larga Essa Vida”; “Combate”, com Tasha & Tracie e 808 Luke; “Set Ajc”, com Ajuliacosta, Mac Júlia, N.I.N.A, Alt Niss, NandaTsunami; “Notas”, com Mc Jean; “Deixar na B”; e “Hino Delas”, com Cristal e MDN Beatz.
Confira o que MC Luanna conta sobre elas:
Larga Essa Vida: “Essa música tem uma vibe muito boa pra mim porque o que eu expresso na música combina muito com o beat. Até as pessoas que não tem voz ativa em relacionamentos se imaginam em uma briga e eu acho incrível quando elas se imaginam no lugar ali.”
Combate: “Eu não meço muito as palavras nessa música e eu gosto disso, de me expressar sobre várias coisas no meu eu artístico que talvez na minha vida pessoal eu não teria tanta coragem. Acho que foi uma junção que era o sonho do público, e o resultado está incrível.”
Set Ajc: “Set Ajc foi o projeto mais importante de executar pra mim até hoje. Ficamos em uma casa por dois dias. Uma produção totalmente realizada por mulheres, que se complementam na música e muito na vida pessoal também. Na produção, gravação, captação, tudo feito por mulheres. Cada uma estava em um momento da carreira, então eu aprendi demais com as meninas e somos muito unidas até hoje. Um projeto especial porque aparentemente só vemos sets de homens, e sentíamos a necessidade disso. Eu recomendo a olharem esse trabalho com mais amor e atenção porque só tem mulheres que eu sou fã e que eu levo pra vida.”
Notas: “Eu sentia muito a necessidade de ter minha voz e minhas características em um funk mais rasteiro, que outros Mcs do meio enxergassem que existe uma mina que pode sim fazer o que eles fazem. Queria que esse trabalho me desse oportunidades de poder trabalhar com os artistas que eu ouço, que a minha quebrada ouve e ao mesmo tempo fazer os homens entenderem que a gente também consegue. Eu precisava desse olhar, eu precisava de uma música como notas pra mostrar que eu também tenho capacidade. É uma música de progresso, que não permite que eu me perca por conta de terceiros porque temos que estar ocupada no que nós fazemos pra nós mesmos.”
Deixar na B: “Deixar na B foi uma forma de responder às primeiras críticas que eu tive na minha carreira, então, eu quis auto afirmar meu trabalho e deixar claro que iam ter que me engolir de uma forma ou de outra. Essa faixa surgiu como resposta às críticas que Mc Luanna recebeu no início de sua carreira.”
Hino Delas: “Essa música tem uma força gigante na minha vida e na vida das pessoas. Vejo muitas pessoas se formando na faculdade ao som dessa música e me faz pensar também que a Cristal era a mina que eu mais queria fazer feat. Eu gosto desse som, não importa o tempo que ele passe. A força das palavras que a gente usa e o impacto que ela dá é atemporal pra mim. É uma música para todas as pretinhas que um dia duvidaram de si mesmas.”
O programa global RADAR do Spotify destaca artistas e bandas emergentes nas playlists locais e no hub RADAR com playlists de outros países, ajudando fãs de todo o mundo a conhecerem e se conectarem com seus novos artistas favoritos e a descobrirem suas músicas.