sexta-feira, novembro 22, 2024

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Monna Brutal lança clipe empoderado, “Bixa Papão (Putos Não Fodem)”

A rapper Monna Brutal liberou o videoclipe de “Bixa Papão (Putos Não Fodem)”, faixa extraída do seu primeiro álbum “9/11” (ouça aqui).

Bixa Papão” é um som feito para exclamar o “Não-Poder” social a cerca dos corpos dissidentes. O termo “Bixa Papão” foi inspirado em uma lenda griot que circula desde o século passado , que fala sobre o “BixoPapão”. Que inclusive era usada como forma de chantagem emocional para com crianças. Até hoje ninguém viu o tal do “BixoPapão”, porém, tem sido cada vez mais frequente a aparição das “BixaPapão” pelos arredores do Brasil. De forma debochada e sombria, o termo é inserido no som, para remeter ao ouvinte a força que corpos que fogem da normatividade tem, e geralmente é desmerecida ou silenciada.

A música traz e enfatiza a questão de seres como um todo não serem mais dependentes ou sequer comandados por aquilo que o patriarcado dita. Temos nossos interesses, nossos corpos vivem, e o grito de revolta é apenas uma resposta a cerca de todo o ódio depositado na nossa população. Mais da metade da população Trans, trabalham nas ruas, o nosso país é o que mais mata corpos LGBT+ e principalmente TRANS.

Bixa Papão” é uma monstra criada pela cidade para assustar a cidade. Somos reais, e estaremos ocupando e trabalhando pra que qualquer corpo como nosso seja memorável, e respeitado.

O clipe “Bixa Papão”, produzido pela Quebramundo (Da Quebrada para o Mundo), assim como as letras carregadas de muita força da rapper Monna Brutal, traz o espectador para um universo distópico, onde ilustra a revolta e o revide das travestis que sofreram e sofrem com a imposição agressiva de corpos que exercem o machismo e que nos matam todos os dias. Além disso traz para a reflexão, a realidade das manas que se arriscam trabalhando nas ruas, para de alguma forma se manterem de pés em uma sociedade majoritariamente heteronormativa. Citando também a hipocrisia de corpos masculinos que estão apenas a procura de saciar seus prazeres sobre os corpos LGBTs e depois reproduzir seu ódio através de violência e morte.

Buscando trazer a imagem dessas mulheres em uma posição de ascensão, a fim de romper a imagem sobre os corpos LGBTs serem frágeis e impotentes.

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