O Museu das Favelas, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, realiza atividades que esquentam para a sua abertura oficial, prevista para o 2º semestre de 2022. A ação tem como objetivo reforçar a importância da construção coletiva proposta para o espaço museológico. A programação virtual contará com lideranças, artistas, agentes e produtores atuantes nas favelas do país para trocar experiências acerca do que é “Ser Favela”.
Com transmissão online e gratuita para todo o Brasil, as rodas de conversas acontecem às quartas-feiras dos dias 10 e 24/8 e na terça-feira 06/9, sempre a partir das 15h, no YouTube da instituição.
Ação contará com bate-papo virtual e reflexões sobre os processos e desafios da maternagem para mulheres favelizadas; sobre como as experiências, afetividades e repertórios periféricos contribuem para potentes processos educativos que acontecem dentro e fora do museu; e sobre as perspectivas das populações de favela sob o contexto da Independência do Brasil, fazendo um paralelo entre a resistência, os processos de aquilombamento e o movimento de povoação da Zona Leste de São Paulo. Carla Zulu, Coordenadora de Relações Institucionais e porta-voz do Museu das Favelas, será a mediadora dos encontros. “O ciclo “Ser Favela” está sendo uma experiência de vida, de ressignificação e ontologia. É poder entender entre os pares que temos histórias para contar. É um encontro de cultura, mas acima de tudo, uma reconexão ancestral”, diz Carla.
No dia 10/08, participam do encontro Edileusa Maria da Silva, parteira no Museu da Parteira, uma iniciativa que atua na promoção e valorização dos Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais em Pernambuco; Maria Vilani, filósofa, escritora e uma das importantes figuras do bairro do Grajaú, em São Paulo; e Débora Silva, fundadora do Movimento Mães de Maio.
Os encontros virtuais ocorrem desde junho e fazem parte das ações da instituição estadual. Todas as transmissões possuem interpretação em libras, com o coletivo Libras na Quebrada.
SERVIÇO:
SER FAVELA – Troca de Saberes para a Construção do Museu das Favelas
10/08, quarta-feira | 24/08, quarta-feira | 06/09, terça-feira
Horário: sempre das 15h às 17h
Onde: No YouTube Museu das Favelas
Acompanhe em: https://www.youtube.com/c/MuseudasFavelas
Tradução em Libras
Classificação Indicativa: 10 anos
SAIBA MAIS: Instagram | Facebook
PROGRAMAÇÃO DETALHADA
_encontro 10/08
Ser mãe na favela
O que é a maternagem para mulheres favelizadas?
Propõe reflexões sobre as complexidades que envolvem os processos da maternagem para mulheres favelizadas, considerando seus aspectos físicos, emocionais e afetivos, somados aos desafios provocados por um cotidiano de resistência dentro das favelas.
_encontro 24/08
Ser educado na favela
Como as experiências, a afetividade e o repertório periférico podem promover processos educativos potentes dentro e fora do museu
O encontro convida profissionais da educação para uma reflexão sobre os processos educacionais “não formais” e o seu impacto na construção de outras narrativas pautadas nas experiências afetivas, familiares, subjetivas e vivências de favela.
_encontro 06/09
Ser resistência na favela – Bicentenário da Independência (Agenda Bonifácio)
Resistência, os processos de aquilombamento e a Zona Leste de São Paulo
Neste ano completam-se duzentos anos da dita Independência do Brasil, porém, a história na forma que nos é contada, e por quem, nos convida a refletir sobre outras perspectivas e contextos, principalmente, sobre a perspectiva da população negra. Para essa construção, faremos um paralelo entre os processos de resistência e aquilombamento, sobre a formação das favelas e periferias e sobre o movimento de povoação da Zona Leste de São Paulo, que é a zona que tem a maior quantidade de população da cidade de São Paulo e carrega em um de seus bairros o nome de José Bonifácio.
Foto: Carlos Pires | Black Pipe