sexta-feira, novembro 22, 2024

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Narrativas que privilegiam o esquecimento das lutas femininas são denunciadas em artigos e obras

Primeiro post da coluna Robotofavil destaca atuação das mulheres na arte e na política

RESISTÊNCIA

Publicada na sexta-feira, dia 6 de abril, reportagem do jornal Valor aborda o filme “Naila e o Levante”, que conta a história da participação feminina na Primeira Intifada, entrelaçando a trajetória da ativista Naila Ayesh à manifestação popular realizada no final a década de 1980, nos territórios ocupados por Israel.

É inacreditável, mas é a primeira vez que a liderança das mulheres na intifada é contada”, afirma a diretora Julia Bacha ao Valor.

De acordo com jornal, Bacha descobriu em suas pesquisas que as mulheres palestinas organizaram a resistência da sociedade civil, comandaram a organização clandestina United National Leadership, lideraram a intifada, mas jamais tiveram sua história contada.

HIP HOP

No hip hop, narrativa semelhante sobre o apagamento da vida e da luta feminina é tratada no artigo “Forgotten Femcees: How Hip-Hop’s Women Have Always Had It Harder” (“MCs esquecidas: como as mulheres de hip-hop sempre tiveram mais dificuldades”), do jornalista Stereo Williams.

De acordo com Williams, de Roxanne Shante a The Lady of Rage, as rappers femininas raramente recebem o que merecem.

O autor comenta o filme biográfico “Roxane, Roxane”, da Netflix. “O filme serve como um lembrete de como o jogo de rap sempre foi muito desagradável para muitas de suas mulheres mais promissoras”, diz.

#METOO

Artigo de Andre Gee, “Why Hip-Hop Has Largely Been Left Out Of The #MeToo Moment” (“Por que o hip-hop foi deixado de fora do momento MeToo”), publicado no site UPROXX, aborda a cultura do estupro reproduzida no rap e os problemas que as mulheres negras enfrentam na cena musical e na sociedade.

De acordo com Gee, apesar do movimento MeToo ter sido fundado por Tarana Burke, uma mulher negra, a rapper Cardi B afirmou em um post no Instagram que suas declarações à sobre o machismo e a cultura o estupro ao Cosmopolitan não tinham nada a ver com MeToo.

Essa desconfiança fala de dinâmicas falhas no movimento feminista, onde as chamadas feministas brancas são acusadas de não ajudar as mulheres negras e pardas com a mesma urgência com que agem com sua própria raça”, afirma Gee.

#INDÚSTRIA

Andre Gee continua: “Não parece haver muita defesa ou urgência por parte de importantes segmentos da indústria da música para se abster de artistas de marketing e de massa como Tekashi 69, XXXTentacion ou Kodak Black até que suas inúmeras acusações de abuso sejam resolvidas. Não está muito longe do escopo da realidade, porque alguns de seus superiores na indústria da música são culpados de ações igualmente abomináveis, e também sentem que o dinheiro que pode ser feito com eles supera qualquer ultraje superado.

Foto do topo: Montagem do site The Daily Beast

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