A cantora e compositora Bixarte lança na quinta-feira, 30/03, Dia Internacional da Visibilidade Trans, o seu primeiro álbum de estúdio, “Traviarcado”.
Apesar da forte presença do rap em faixas de parceria com Bia Ferreira e Drik Barbosa, o álbum apresenta uma nova versão da artista que aposta em ritmos latinos, etnopop, trap, batidas do Kettu e influências de R&B. Com participações marcantes de artistas trans na produção das novas faixas, o disco traz à tona a necessidade básica das pessoas enxergarem as travestis e pessoas trans como seres humanos. Ouça nas plataformas digitais.
A música “Pitbull sem Coleira”, feat. com Urias, flerta com o pop e techno, e marca uma mensagem sobre inquietação e fúria. Já “Carta de Advertência”, faixa produzida em parceria com Winnit e Julian, contesta o silenciamento recorrente de homens trans. É a parte do “Traviarcado” que faz entender a transvestilidade como multiplural. Winnit é um dos maiores MCs de rap no Brasil e Julian um dos maiores nomes da música underground da Paraíba.
Totalizando nove faixas, o álbum reforça a influência dos terreiros de Kettu com menção aos orixás de esquerda Exú e Pombogira – “Maria Padilha” – a dama da madrugada, rainha da encruzilhada, senhora da magia, o que vai de encontro à exaltação do prazer feminino (cisgênero, transgênero ou travesti) em ser livre em suas escolhas.
“Eu espero com esse disco, que as crianças viadas, a população LGBTQIA+, as mulheres pretas e as travestis consigam entender que há outro caminho a não ser o da morte. E quando eu falo em morte, eu estou falando sobre a morte dos nossos sonhos também. Esse disco traz um fôlego de vida para sonhar. Para mim, isso significa também que eu estou viva”, comenta Bia.
“Traviarcado” foi patrocinado pela Natura Musical, é o primeiro álbum lançado em estúdio pela artista.
“Natura Musical acredita na potência da música como veículo de bem estar e transformação individual, das relações e do mundo. Projetos como esse são capazes de despertar emoções, ecoar narrativas e inspirar atitudes capazes de projetar um futuro mais plural, inclusivo e sustentável”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.