sexta-feira, novembro 22, 2024

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Novo quadro do podcast “É nóia minha?” estreia com pauta sobre racismo

O Podcast “É nóia minha?”, exclusivo do Spotify e comandado pela escritora, roteirista e podcaster Camila Fremder, trouxe nesta semana um novo quadro batizado de “Não Desconversa”. A série de episódios amplia o debate acerca de temas importantes e traz convidados com expertise nos assuntos, que apesar de sensíveis, devem ser abordados com as crianças.

Hoje, nota-se o comportamento de muitos tutores de se esquivarem de conversas tidas como difíceis na sociedade com as crianças. Isso se deve a vários motivos; entre eles está o racismo cultural, a onda de preconceitos e a construção da sociedade atual como um todo.

No episódio que foi ao ar nesta quinta-feira (23), Fremder convidou a produtora de conteúdo Dandara Pagu e a Diretora Executiva de Criação da Map Deh Bastos para dialogar sobre um tema cujo seu filho Arthur, 6, a questionou em conversa recente que deu origem ao quadro: o racismo.

A host conta que estava com seu filho no clube e ele brincava com uma criança preta que tinha ambos os pais brancos. Em seguida, o menino comentou sobre a cor do menino, além de questionar o motivo pelo qual o filho do casal tinha cor diferente; Fremder conta que Arthur fez várias perguntas que o levaram a adentrar em toda história do racismo, desde o início do período escravocrata.

A conversa abordou diferenças sociais e ações afirmativas de maneira casual, a fim de ensinar a criança sobre este sistema complexo que até hoje afeta todas as idades. Sobre a conversa, Bastos comenta que “de alguma forma essa construção de raciocínio, o incômodo em ver uma única criança preta, vem da educação da família” e acrescenta: “existem coisas que você precisa se esforçar para fazer pelo seu filho, como estas conversas, para evitar a reprodução de algo que você não quer”.

Pagu concorda e ainda comenta que “descobriu que era preta” na escola, com cerca de oito anos: “na época, eu era muito apaixonada por um menino branco. Nós brincávamos muito na casa dele, mas na escola não trocava muitas palavras comigo. Um dia, uma menina que andava comigo me juntou a força com ele no pátio, e disse: está vendo? Você é preta e ele é branco, você é feia e ele é bonito, e foi ali que eu senti o racismo e diferenciação na pele. Depois deste episódio, já tomei água sanitária, passei pasta de dente, tomei sol coberta… Foi um momento muito duro”.

Com este novo quadro, que prevê a discussão de pautas como preconceito com amarelos, aporofobia, infertilidade, não querer ter filhos, assédio, entre outros. Fremder se demonstra como muito antenada na sociedade e busca a criação de uma sociedade cada vez mais construtivista através de sua amplitude e audiência.

O Podcast “É Nóia Minha?” completou 4 anos em 2023, superando as estimativas de vida de um podcast; sempre sob comando e coordenação de Camila Fremder, o programa já trouxe mais de cem convidados diferentes para dividir nóias e conta com uma audiência semanal de mais de 400 mil ouvintes. Você pode ouvir novos episódios todas as semanas, às segundas e quintas na sua plataforma de streaming de áudio preferida.

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