Logo ao início de 2023 foi realizada a nova edição do GDC (Game Developers Conference), uma conferência realizada nos Estados Unidos para reunir desenvolvedores e empresas de games para discutir tendências de mercado, coletar elementos criativos e apresentar lançamentos para o ano. Nesse contexto, a gigante dos games Ubisoft confirmou no evento que vêm utilizando ferramentas de IA para revisão de textos e construção de diálogos em seus títulos mais novos; além disso, diversos profissionais e especialistas do meio já identificaram o uso das IAs como uma tendência cada vez maior por empresas grandes e pequenas.
As discussões levantadas durante a conferência e os mais recentes movimentos de mercado surgem em um período no qual o setor de games desponta em crescimento de forma geral. Segundo a Pesquisa Game Brasil nos últimos anos o número de jogadores cresceu de forma significativa, alcançando a marca histórica de 74,5% de brasileiros afirmando jogar algum jogo eletrônico.
Dessa forma, um dos movimentos que mais levantou discussões acerca do uso de IAs nos jogos foi um projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Stanford e do Google que idealizaram um jogo povoado por apenas NPCs (Personagens Não-Jogáveis). O jogo inspirado em The Sims se chama Smallville e utiliza uma ferramenta de IA baseada na tecnologia GPT para que os pesquisadores estudassem as interações dos NPCs entre si e os diálogos produzidos organicamente com jogadores introduzidos posteriormente.
“O que eu achei mais impressionante foi quando começaram a misturar player com NPC. Vi uma demonstração de um jogo baseado no Smallville, muito interessante, com dois jogadores humanos e o resto era IA. Eles conversavam com NPC IA errando palavras, fazendo perguntas super cotidianas e ela respondia com tanta humanidade e naturalidade. É muito interessante observar o potencial que isso tem para tornar nossas experiências com games muito mais imersivas”, explica Roberta Arcoverde, diretora de engenharia no Stack Overflow, dentro do podcast Hipsters Sem Controle da Alura.
Por fim, para explorarmos um pouco mais a fundo as possibilidades das IAs generativas no mundo dos games, queria te colocar em contato com o Paulo Silveira, CEO e co-founder da Alura, e com o Guilherme Silveira, Diretor de Educação e co-founder da Alura, maior ecossistema de ensino em tecnologia no Brasil. Ambos têm estado muito à frente das mais recentes discussões sobre IA, seja como educadores, influenciadores ou empreendedores de tecnologia.