O álbum “7º Sentido” do rapper Aspri RBF é a tradução de uma mistura de sensações sobre o momento que o artista despertou para um olhar mais profundo sobre a sua ancestralidade, trajeto de vida e cuidado com sigo mesmo. Esse despertar fez com que a espiritualidade invocasse a busca do instinto desconhecido que compõe a formação e busca a reconstrução interna e externa de mais um homem preto em diáspora.
As inspirações sentimentais para compor a obra fonográfica está ligada a seus 23 anos dentro da cultura hip hop e a troca de ideias junto com sua companheira Edeise Gomes, Mestra em Dança (Ufba) durante o período de isolamento social por conta da pandemia Covid19. Edeise trabalha a defesa da tese “aterrar” como uma forma de descolonização do pensamento e promoção de auto estima através do corpo em movimento. Somado a essa vivência a obra traz referências artísticas africanas a exemplo de Cesária Évora e Fela Kuti.
O subliminar do álbum pode ser o gatilho responsável para o “7º Sentido”. As faixas buscam traduzir sentimentos para transformações, reconhecimento de erros, saudades, formas de resistência dos antepassados, devoção aos ancestrais, o repensar a masculinidade até chegar à alegria de viver e ser grato por tudo que passou e tem a passar.
O trabalho está disponível no canal do artista no YouTube e nas principais plataformas de streaming de música, o álbum tem a direção e produção musical de Marcelo Santana (Estúdio Aquahertz), traz a faixa “Matripotência”, produzida em Belo Horizonte (MG) pelo DJ Preto C, fotografias de Filipe Oliveira (Preto e Luz fotografia), ilustração de capa de Lázaro Erê, e designer gráfico de Josemar Santos (Graffi art Sagaz).
