sexta-feira, novembro 22, 2024

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Os 10 melhores discos nacionais de 2016

2016 foi um ano intenso para o rap nacional. Muitos rappers das antigas voltaram à ativa, e os da geração de 2010 começaram a ganhar destaque apresentando ao público sons cada vez mais maduros, muitas “diss tracks” foram trocadas, muitas pautas importantes foram levantadas em cada trabalho: a luta contra o racismo, contra o patriarcado, contra a heteronormatividade e contra a violência policial.

Assim, entre todo esse alvoroço, foi um trabalho difícil selecionar os melhores álbuns nacionais de 2016. Mas sem arregar, o ZonaSuburbana tomou coragem para eleger os 10 álbuns que foram temas de conversas, de análise de letras, de reacts, de polêmicas, de discussões, de elogios e que farão história em um futuro nem tão distante assim.

Desta forma, de acordo com a metodologia usada pelas maiores premiações musicais do Brasil e do mundo, os álbuns foram selecionados a partir de quatro critérios principais: produção musical, composição das letras, o flow e, por fim, a repercussão de cada disco, ou seja, o quanto a galera comentou e apoiou aquele disco.

Confira a lista com os 10 melhores álbuns de 2016, de acordo com a equipe ZonaSuburbana:

1° – Sabotage – Sabotage

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Sabotage

O CD póstumo do Sabotage foi um dos trabalhos mais esperados pelos amantes do rap nacional. Levaram 13 anos para fazer disco, com material deixado por Sabotage. Os destaques são “Mosquito”, “Canão Foi Tão Bom” (com participação de DBS, Negra Li, Lakers, Instituto e Ganjaman), País da Fome: Homens Animais” e “Quem Viver Verá” (com Dexter).

 


2° – Mano Brown – Boogie Naipe

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Boogie Naipe

O aguardado disco solo do Mano Brown traz uma pegada bem mais soul, resgatando o funk das antigas. Com uma temática voltada ao amor e relacionamentos, o CD mostra o lado romântico de Brown. Destaque para as faixas “Felizes (Heart to Heart)”, “Amor Distante”, “Boa Noite São Paulo”, “De Frente Pro Mare “Flor do Gueto” (com Lino Krizz e Max de Castro).

 


3° – Rael – Coisas do Meu Imaginário

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Coisas do Meu Imaginário

De olho no que acontece pelo mundo, no agito da própria vida pessoal e profissional, Rael fez um CD que passeia por diversos ambientes no som e nas letras. São destaques as faixas “Rouxinol”, “Papo Reto” (com participação de Black Alien e Daniel Yorubá), “Quem Tem Fé” (com Chico César) e “Minha Lei” (com Massao, Apolo e Ogi).


4° – Rashid – A Coragem da Luz

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A Coragem da Luz

1º álbum de Rashid vem com rimas afiadas, fazendo críticas ao racismo, homofobia e ao fascismo, e letras de fé, camaradagem e amor. Destaque para as faixas “Ruaterapia” (com participação de Mano Brown), “DNA”, “Homem do Mundo” (com Criolo), “Depois da Tempestade” (com Alexandre Carlo) e “Laranja Mecânica” (com Xênia França).


5° – Síntese – Trilha para o Desencanto da Ilusão, Vol. 1: Amem

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Trilha para o Desencanto da Ilusão, Vol. 1: Amem

Um dos álbuns mais comentados de 2016, “Amem” do Síntese traz letras retratam as formas como cada um tem lidado com os problemas da sociedade contemporânea: raiva, tristeza, decepção, ódio e a busca por um refúgio na espiritualidade. São destaques as faixas “Novo Dia”, “Gotas de Veneno”, “Lá Maior” e “Babilônia Pt. 2”.


6° – Cacife Clandestino – Conteúdo Explícito (Parte 1)

Conteúdo Explícito (Parte 1)

Não é um CD sobre drogas, armas e mulheres, “Conteúdo Explícito (Parte 1)” do Cacife Clandestino mostra a importância de seguir sonhos, ser e sentir-se livre, saber lidar tanto com as dificuldades da vida quanto saber curtir aquilo de bom que ela oferece. Destaques para as faixas “Jóias & Armas” (com participação de Luccas Carlos), “Conteúdo Explícito”, “Só Me Ligar” (com ConeCrewDiretoria e Luccas Carlos) e “Vilã” (com Luccas Carlos).


7° – BK – Castelos & Ruínas

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Castelos & Ruínas

Álbum de estreia do MC carioca BK, membro do coletivo Nectar Gang buscar refletir sobre os altos e baixos da vida. Os beats vão de boombap ao trap. Destaque para as faixas “O Próximo Nascer Do Sol, Não Me Espere”, “Amores, Vícios e Obsessões”, “Quadros” (com participação de Ashira e Luccas Carlos) e “Sigo Na Sombra”.


8° – Rico Dalasam – Orgunga

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Orgunga

Após “Modo Diverso”, que inseriu Dalasam no cenário Rap, o que foi ainda mais firmado com sua participação em “Mandume” (do Emicida), o MC que sempre traz à tona a luta contra a desigualdade racial, homofobia e transfobia arrasou em 2016 com o CD “Orgunga”. São destaques as faixas “Relógios”, “MiliMili”, “Dalasam” e “Esse Close Eu Dei”.


9° – Lay – 129129

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129129

“129129” projeto de estreia da rapper Lay, criadora da Bucepower Gang (grupo de empoderamento à mulher por meio da liberdade erótica), une hip hop, trap, dancehall e até funk numa música futurista, escrevendo sobre a perspectiva de uma feminilidade livre e combativa. Os destaques ficam por conta das faixas “Ressalva”, “Tandera” e “Ghetto Woman”.


10° – Atentado Napalm – Outra Gravidade

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Outra Gravidade

O grupo goiano Atentado Napalm traz uma viagem sonora em seu 2º disco – “Outra Gravidade”, com rimas incríveis e inteligentes trocadilhos. São destaques as faixas “Vampira”, “Experimento”, “Dias Insanos”, “Golpe Fantasma”, “Linha Tênue” (com participação Coruja BC1 e Eduardo Oll) e “Andarilhos” (com Froid (Um Barril De Rap) e Thiago Zion).


Ouça nossa playlist com músicas de todos os 10 discos:

Apesar de não estarem entre os 10 melhores álbuns de 2016, muitos MCs e Grupos marcaram positivamente o ano de 2016, seja por sua letra pesada ou por sua batida inédita. Novos artistas também estrearam em 2016 com o pé direito e, com certeza, já estão firmados dentro do cenário nacional.

Tássia Reis lançou “Outra Esfera”, mostrando toda a evolução da cantora de Jacareí, que segue em busca do seu espaço no cenário musical brasileiro. Criolo também voltou à cena, relançando seu consagrado CD de estreia: “Ainda Há Tempo”.

Representando o Rap Gangsta, o Realidade Cruel lançou o disco “A Resistência Permanece Resistindo” e o rapper Dexter divulgou finalmente “Flor de Lótus”, onde conta em ordem cronológica uma parte de sua história de vida.

Estreando no cenário, o duo carioca Nunig chegou pegando pesado no álbum bem recebido pela crítica: “Bonde do Jaguar”. Slim Rimografia também se destacou no cenário com “M.Arte”. A dupla Issa Paz & Sara Donato, em um flow mais gangsta falaram a real sobre o machismo e combateram a gordofobia com “Rap Plus Size”.

Fábio Brazza decidiu investir pesado em sua carreira e lançou o aclamado disco “Tupi or Not Tupi”. O Chave Mestra trouxe a gangueragem nordestina no disco “Coração no Gelo”.

Coletivo Hó Mon Tchain apresentou “Assim Que Nóis Trabalha”, uma visão real do nosso cotidiano. Nego E aproveitou 2016 para apresentar ao público “Oceano”, com forte questionando ao racismo presente na sociedade. Já o coletivo 0800 Crew resolveu dar sequência à sua caminhada em um CD carregada de parcerias pesadas: “Nome Sujo”; e o consolidado grupo brasiliense Tribo Da Periferia fechou o ano com “4º Último”, repleto de canções amorosas.

Ouça a playlist com os destaques de 2016:

E pra você, quais são os melhores de 2016?

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