Megaexposição em SP abre novo capítulo na história dos grafiteiros que viraram estrelas da arte contemporânea.
Eles foram dos muros de São Paulo para as alturas do céu, atravessando as nuvens na fuselagem do avião da seleção brasileira. Gustavo e Otávio Pandolfo, 40, os irmãos da dupla Osgêmeos, espalharam seus homenzinhos amarelos pelo mundo. Desde que surgiram no Cambuci, na zona sul paulistana, onde começaram a pintar nos anos 1990, Osgêmeos já estamparam seus seres fantásticos na fachada da Tate, em Londres, num castelo medieval e agora num Boeing 737-800, veículo dos craques do país na Copa do Mundo.
No fim deste mês, uma megaexposição na galeria paulistana Fortes Vilaça abre um novo capítulo na história dos grafiteiros que viraram estrelas da arte contemporânea.
Lá, eles cobriram todas as paredes com telas enormes, criaram uma espécie de furacão de madeira ultracolorida e um boneco que abre o peito para revelar um carrossel de baleias azuis e saltitantes.
E a escala só aumenta. “Não tem nada maior do que os nossos sonhos”, diz Gustavo. “A essência do trabalho é sempre a mesma. Fazer arte, para a gente, é encontrar o equilíbrio, a harmonia e a paz. Se a gente conseguir dividir isso com as pessoas, em avião ou castelo, já é válido.”