A programação do Palco Hip Hop celebra a diversidade nos 40 anos do Hip Hop no Brasil, trazendo diferentes gerações do movimento cultural, artistas mineiros e nacionais com os quatro elementos fundamentais: Breaking, DJs, Grafitti e MCs. Shows, oficinas, batalhas de dança, debates, basquete e atividades para toda a família ocupam o EMPoeint – Escola Municipal Polo de Educação Integrada, nos dias 20 e 21 de julho, das 8h às 19h. Toda programação é gratuita e está disponível no instagram @palcohiphop.
Entre os nomes da programação musical, estão shows de Sara Sampp (MG), no dia 20/7; 92BPM (MG) e do rapper carioca Sant (RJ), no dia 21/7 . Na sincronia das batidas da Cypher, pista de dança do evento, estarão os DJs A Coisa (MG) e Nai Kiese (BA), e no comando do som durante as batalhas de dança Pat Manoese (MG) e Niko da Master Crew (SP), que funcionará nos dois dias, das 13h30 às 18h30.
As danças urbanas têm programação especial com as tradicionais Batalhas de Dança, Breaking, no estilo Bonnie and Clayde, com as categorias duplas mistas (2X2) e batalhas de crews, com grupos de 4 pessoas (4X4). No júri das disputas estão a B-girl MIWA (SP) para o Breaking e o dançarino Eduardo Sô (MG) para os Crews. As inscrições para a competição acontecem no dia do evento, 20/07, de forma presencial de 11h às 12h30, e cada categoria terá a premiação de R$ R$ 3.500,00.
O público também poderá acompanhar de perto apresentações de grupos e artistas nacionais e mineiros, nos dois dias, das 14h às 18h30, ou participar das atividades formativas com oficinas gratuitas. Entre os grupos mineiros que se apresentam estão os mais diversos estilos das danças urbanas com Joel, UBDI, House of Dubeco, Breaking no Asfalto, Brother Soul, além de grupo escolhido pelo público por meio de votações prévias realizadas nas redes sociais do evento, no instagram @PalcoHipHop. Também se apresentam Darlita Albino (SP), que foi vencedora do Red Bull Dance 2022, é coreógrafa da Gaby Amarantos e dançarina da Pabllo Vittar e da Drik Barbosa; e o carioca André DB (RJ), que foi vencedor do Red Bull Dance 2023, um dos maiores expoentes do Passinho Carioca, com passagens em países como França, Alemanha, Noruega e Chile.
A edição contará com quatro Workshops de dança gratuitos: “Locking“, com Darlita Albino (SP), e “Breaking para Mulheres”, com B-Girl Nathana, no dia 20/7, das 9h às 13h10; e “Breaking para crianças“, com Rodrigo Khan (MG), e “Passinho” com o carioca André DB, no dia 21/7, das 9h às 13h10. Já no workshop com o tema ”Júri para Batalhas de Dança”, Miwa (SP), uma das primeiras b-girls brasileiras a ser reconhecida mundialmente, compartilha seus conhecimentos sobre como ser do júri em torneio de dança, 21/7, das 11h às 13h. A dança também será tema da palestra “O Breaking nas Olimpíadas“ com Chellz Tapayó, Fabricio Costa e mediação de Pedrin Brun (RJ), que irá debater a presença do esporte pela primeira vez no torneio mundial, no dia 20 de julho das 10h30 às 12h.
A programação também inclui outras palestras. Voltadas para a saúde e bem estar, “Benefícios dos Alongamentos e Automassagens para os atletas e dançarinos” e “Sedentarismo x Atividade Física“, acontece dia 20/7, das 9h30 às 10h30, com o fisioterapeuta Leone Barcelos e o educador físico Gabriel Morais. Já “Palco Hip Hop – Bastidores de um festival de Hip Hop“, com coordenador do evento, Victor Magalhães e mediação da gestora cultural Tina Melo, revelará os bastidores da produção do evento, 21/7, das 09h30 às 10h45.
Já o Basquete, esporte que tem uma ligação muito forte com o universo do Hip Hop, também será destaque na edição que contará com uma programação em parceria com a Associação Academia de Rua. Será oferecido um workshop com aulas para crianças e adultos no formato 3×3, 20/7, das 8h às 13h, e um campeonato de 3×3 modalidade olímpica, masculino e femino, 21/7. das 8h às 13h, em que as inscrições poderão ser feitas por meio do formulário disponível no instagram do projeto.
Nas artes visuais, o grafiteiro ED-MUN será o convidado para lançar um grafitti em tempo real ao longo do evento. A programação contará ainda com a Feirinha do Palco Hip Hop, das 11h às 19h, com objetivo de fortalecer a economia criativa e sustentável. Participam do espaço: Sem H Brincos, W2 Acessórios, A Coisa tá Preta, Debora Patta Acessórios, Street Screem, Tribo Primata, além da lojinha do Palco Hip Hop para quem quiser levar produtos do festival para casa. O evento também conta com uma Praça de Alimentação, com 10 empreendedores locais que integram o programa de Economia Solidária do Barreiro, com a venda de produtos, como alimentos e bebidas, das 11h às 19h.
O evento também reserva um local para descanso e recarregar as baterias, incluindo carregadores de celulares, com lounge de E.V.A. para as crianças, espaço para colorir e jogos. O Espaço Cemig Família Hip Hop, oferece, das 13h às 19h, atividades educativas, brincadeiras e opções de descanso para todas as idades durante o festival. Entre as atrações estão as atividades Librário, em que crianças e adultos poderão aprender Libras através de jogo interativo, e A Hora do Play, atividades formativas sobre o Hip Hop para crianças. Também está previsto no local o Mania de Tesoura, salão de beleza para corte e tranças, em que o público poderá sair com o cabelo na régua.
O Projeto Palco Hip Hop celebra os 40 anos desse movimento no Brasil e é realizado por Neon Cultura e Entretenimento e a correalização é do Instituto Aya de Arte e Cultura Negra e Periférica. Conta com o patrocínio master da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, e patrocínio da Ambev, por meio do Edital Nacional Fundo Bora Cultura Preta de 2023.
Palco Hip Hop na EMPoint
O projeto Palco Hip Hop retoma suas origens, a regional Barreiro, ocupando uma área de 17 mil m², a EMPoeint – Escola Municipal Polo de Educação Integrada. O espaço abrigou até a década de 1990 a Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (Febem), que recebia adolescentes em conflito com a lei e em situação de abandono.
“Ocupar o EMPoeint, uma área periférica que por anos teve suas paredes cinzas, abrigando a Febem, contribui na ressignificação desse espaço por meio de um movimento cultural periférico. Essa mudança está no cerne do Hip Hop, e traz novas possibilidades para as juventudes, promovendo a conscientização e transformação social por meio da dança, música e artes visuais”, destaca Victor Magalhães, idealizador do Palco Hip Hop, que ressalta também a importância do Barreiro enquanto berço de diversos artistas do movimento.
O Hip Hop nasceu no Bronks, em Nova York, nos anos 1973, como uma solução em um território em que jovens viviam muitos conflitos, com a violência e a criminalidade nos bairros periféricos entre gangues. Por meio dos elementos breaking (dança), DJ, MC (música) e grafite (artes visuais), jovens conseguiram conviver nas ruas a partir de uma manifestação cultural em que conseguiam expressar suas contestações e sua realidade a partir da cultura.
Palco Hip Hop
Dias 20 e 21 de julho de 2024
Local: EMPoint – Escola Municipal Polo de Educação Integrada
Informações: instagram @palcohiphop
ENTRADA GRATUITA