Depois de lançar seu primeiro disco solo “As narrativas de Beltrano” (2019) e “Zona de Encontro Musical” (2018) como frontman do coletivo musical Coligação Z.E.M., Nobru conta as jornadas míticas da cidade que ainda não viraram lenda.
Nobru CZ é um cronista da Zona Leste. Narra histórias de uma forma que transporta os ouvintes de lugar. Sempre querendo mostrar o que estava acontecendo por trás de um certo contexto, de um show, uma pixação, uma lenda. Quem o conhece sabe que é verdade e que faz isso de diversas formas: já produziu documentários, coletâneas, montou exposições, conta, canta, rima.
Ele é quem quebra o silêncio. Em seu segundo álbum solo “Pegasus”, o rapper que há 12 anos é também vocalista da Coligação Z.E.M., aborda o tema da eternidade, pois acredita que a arte é uma maneira de se tornar imortal. Um ato de coragem.
O álbum é composto de 10 faixas, um rasante em tempo real nas entranhas e mazelas da cidade de São Paulo. As composições literárias em sua maioria foram consolidadas andando de transporte público e caminhando pela megalópole. Quase uma montaria metalizada.
Todo contador de história é um pouco sonhador, enxerga em um fato corriqueiro algo extraordinário.
Neste mito contemporâneo, os monstros são a confusão, o abandono, a ganância. O desafio é inerente, um labirinto amplo, real e heróis somos todos nós, que resistimos. Como quem encontra na sua defesa o melhor ataque, a busca pela beleza se torna constante em nossas sagas de salvação pessoal.
O disco foi gravado no estúdio Selo Fértil, todas as faixas foram produzidas e mixadas por Trevis Music, masterizadas por Pedro Contente. O álbum tem ainda as participações da cantora Nanny Soul e Gabriel Diaz. A direção de arte fica por conta do artista plástico Roberto Bieto e designer da Amanda Mancini.