“Pra Romper Fronteiras” é título do novo álbum do rapper Roger Deff, o segundo da carreira solo. O trabalho é uma homenagem à cultura Hip Hop, em suas bases conceituais, mantendo as críticas sociais que são inerentes à narrativa do rapper. O nome vem da idéia de que o Hip Hop é uma cultura que estabelece pontes entre universos diversos e rompe paradigmas ao transformar jovens negros e periféricos em protagonistas de suas próprias histórias, influenciando outros na construção coletiva de um legado discursivo que estabelece significados e ressignifica o espaço urbano.
O disco conta com oito faixas e foi produzido por Sérgio Giffoni, antigo parceiro de Deff no grupo Julgamento, e Fernando Macaco. Participam do álbum Sérgio Pererê, Michelle Oliveira e os DJs Flávio Machado e Hamilton Júnior. Todas as faixas que integram o novo disco foram gravadas no período da pandemia, entre o final de 2020 e 2021 o que fez com que o processo fosse realizado à distância. “Gravei todas as vozes da minha casa, com os recursos que tenho, e enviei para o estúdio para que Giffoni e Fernando produzissem, foi a primeira vez que fiz um trabalho inteiro assim”, relata Deff.
A sonoridade do disco viaja pelo boombap, estética marcante do rap da década de noventa e estabelece diálogos com o jazz e o soul. O álbum “Pra Romper Fronteiras”, está disponível nas plataformas digitais.
As cores do rap
Outra faceta interessante do novo trabalho são as artes desenvolvidas pelo grafiteiro e ilustrador Binho Barreto. O artista traduziu nas capas as mensagens dos singles e do álbum, com inspirações que vem dos quadrinhos de nomes como Robert Crumb e do rap produzido na década de 90 por ícones domo Public Enemy e DelaSoul.